A partir desta terça-feira, o governador José Ivo Sartori lidera uma comitiva em viagem à Alemanha. A agenda oficial, com duração de dois dias, será cumprida na quinta e na sexta-feira, mediante reuniões com executivos e visitas técnicas às sedes das empresas Stihl, SAP (Labs Latin America) e Fraport, respectivamente nas cidades de Waiblingen, Wiesloch-Walldorf e Frankfurt. O objetivo é conhecer o trabalho dessas companhias, que desenvolvem negócios no Rio Grande do Sul, e apresentar as potencialidades do Estado na atração de novos investimentos.
Acompanham o missão o secretário-adjunto do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Evandro Fontana, e o secretário de Comunicação, Cleber Benvegnú. A comitiva parte de Porto Alegre na tarde desta terça-feira e o primeiro compromisso será na manhã de quinta-feira, na sede da Stihl, em Waiblingen. O presidente da empresa no Brasil, Cláudio Guenther, também estará presente.
Na tarde do mesmo dia, a comitiva se deslocará para a cidade de Wiesloch, a fim de visitar a SAP. A empresa, que atua há dez anos em São Leopoldo, instalada no Tecnosinos (Parque Tecnológico da Universidade do Vale do Sinos), anunciou em março um investimento de 40 milhões de reais no Rio Grande do Sul, ampliando o seu Centro de Pesquisa e Desenvolvimento.
A última agenda na Alemanha, na sexta-feira, será em Frankfurt, onde a comitiva vai conhecer os negócios e focos estratégicos da Fraport, companhia que arrematou por 382 milhões de reais a concessão do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, pelos próximos 25 anos. A empresa deverá fazer novos investimentos para cumprir as exigências do contrato.
O chefe do Executivo gaúcho estima que essa aproximação fortalecerá as relações do Estado com as empresas e reforçará os laços culturais, institucionais e comerciais com a Alemanha, maior economia da Europa. No ano passado, as exportações gaúchas para esse país somaram 370 milhões de dólares.
Saneamento
Em uma cerimônia no Palácio Piratini, Sartori lançou nessa segunda-feira o Planesan-RS (Plano Estadual de Saneamento do Rio Grande do Sul), que tem por objetivo estabelecer diretrizes e prioridades para o setor em todo o Estado. A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Obras, Saneamento e Habitação, terá um site oficial com informações e espaço para sugestões populares ao projeto.
O trabalho será desenvolvido ao longo de dois anos, abrange abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais urbanas em 25 bacias hidrográficas, identificando as regiões mais críticas.
“Este plano será uma importante ferramenta para criar e melhorar os mecanismos de gestão pública referentes ao saneamento nas zonas urbanas e rurais gaúchas”, ressaltou o peemedebista. “O foco do governo do Estado é construir e oferecer infraestrutura e serviços de qualidade.”
Já o secretário Fabiano Pereira avaliou que o Planesan-RS será um marco regulatório para tratar das questões de água, resíduos, esgoto e drenagem. “É um plano absolutamente completo, que faz com que possamos ter uma projeção para os próximos 20 anos nessas áreas tão desafiadoras”, destacou. “Certamente, há muitas questões a serem enfrentadas, como a do saneamento básico. Hoje, só14% do esgoto é coletado e tratado. Estima-se que só no saneamento precise de investimento na ordem de R$ 15 bilhões para fazer a universalização.”
O presidente da Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul), Salmo Dias de Oliveira, por sua vezm afirmou que as prefeituras continuarão parceiras das iniciativas do governo do Estado. “A sociedade pede por responsabilidades com o meio ambiente. O tempo é oportuno e está em nossas mãos fazer isso”, declarou. “Sabemos das dificuldades que o Rio Grande do Sul e o País enfrentam e precisamos de equilíbrio e coragem para construir o Estado que queremos.”