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O governador de São Paulo pediu para a população não sair de casa por causa da chuva: ao menos 12 pessoas morreram

Depois de sobrevoar áreas alagadas, Doria determinou prioridade no atendimento aos desabrigados. (Foto: Reprodução/Twitter)

Após uma noite de temporal em São Paulo e na Região Metropolitana, o saldo, até o fim desta segunda-feira (11), era de doze mortes confirmadas pelo Corpo de Bombeiros e muita destruição. O governador João Doria (PSDB) sobrevoou as regiões mais afetadas pela água e pediu que a população não saia de casa nas próximas 48 horas, já que a chuva promete não dar tréguas por enquanto.

Logo pela manhã, Doria viu de cima as regiões mais inundadas da cidade e determinou prioridade no atendimento a desabrigados, remoção de pessoas em áreas de risco e atuação coordenada da Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros e prefeituras de cidades afetadas. O restabelecimento de serviços públicos interrompidos também é considerado prioritário.

Em entrevista ao jornal SP1, da TV Globo, o governador fez ainda um apelo à população. “Ao retornarem para suas casas após o trabalho, não saiam de casa. Isso vai evitar transtornos e riscos a vocês [população]. Amanhã [hoje] ao saírem para seus escritórios, mais uma vez, retornem para suas casas e fiquem em casa, porque as chuvas infelizmente vão prosseguir pelos dados meteorológicos pelas próximas 48 horas.”

Segundo dados do governo, as medições pluviométricas no início deste mês mostram índices muito acima das médias históricas. Em Santo André, por exemplo, choveu 182 mm nas últimas 24 horas, o equivalente a 80% da média para todo o mês de março. Em São Bernardo do Campo e Ribeirão Pires, o registro das últimas 24 horas também foi muito elevado e correspondeu a 78% e a 74% das médias mensais, respectivamente.

Otávio Mesquita

O apresentador Otávio Mesquita levou um susto durante o carnaval. No último dia 2, recebeu uma ligação de um de seus seguranças com a informação de que parte de sua casa em São Paulo havia sido destruída pela chuva. “Ele me mandou as imagens e eu comecei a chorar”, conta. Ainda emotivo, ele deu detalhes da tragédia. “Moro há catorze anos no endereço e nunca passei por nada igual”, lamenta.

“Foi desesperador. E, então, assisti às imagens das famílias que perderam tudo nas enchentes, perderam familiares e aquilo me emocionou demais. Levantei e veio o estalo: a gente consegue consertar”, diz.

A área invadia pela água consiste em um jardim, que tinha acabado de ser refeito para receber gravações de seu programa, e um “espaço gourmet”, com geladeira, sistema de áudio, sofás e itens de colecionador, entre eles câmeras fotográficas antigas, uma câmera Super 8, que foi de Glauber Rocha, um capacete de Ayrton Senna e um macacão de Emerson Fittipaldi. “Estou analisando como fazer para recuperar”, explica. Estima-se que o custo da restauração deva ultrapassar os R$ 500 mil.

Ele contou com a ajuda de uma firma, com doze empregados, para limpar o espaço. “Combinei com a empresa que, quando ficar novamente tudo pronto, eu faço uma pizzada com eles. Os funcionários foram ótimos e atenciosos.”

Amigos e fãs se solidarizaram com o artista. “Não queria expor a situação, mandei as imagens para alguns amigos e acabaram vazando. Com isso, recebi mensagens de carinho, o que foi muito importante para me recuperar do baque”, afirma.

O apresentador estuda agora os próximos passos. “Esse alagamento se deu por causa de uma obstrução em uma via na lateral da minha casa e que pertence à prefeitura”, explica. “Estou em contato com a sub da região para saber os procedimentos.”

Ele também conta que precisou reforçar a segurança na residência, com quatro funcionários armados. “A área ficou vulnerável”, explica.

 

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