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Por Redação O Sul | 12 de fevereiro de 2019
O governo de Jair Bolsonaro prepara um pacote de obras para a região amazônica, que inclui uma ponte sobre o Rio Amazonas, uma hidrelétrica e a extensão da BR-163 até o Suriname. A informação foi publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo e revela que três ministros serão enviados ao oeste do Pará para avaliar investimentos de infraestrutura e definir grandes obras na área.
A medida faz parte de uma das promessas de campanha do presidente de reforçar a presença na Amazônia, no chamado Triplo A – área que se estende dos Andes ao Atlântico – como forma de evitar pressões internacionais por organismos que supostamente querem criar uma região independente para preservação ambiental.
Os três ministros, Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), desembarcam em Tiriós, na quarta-feira (13).
Segundo a publicação, o objetivo da viagem é que os ministros se reúnam com líderes locais para debater a construção de uma ponte sobre o Rio Amazonas na cidade de Óbidos, uma hidrelétrica em Oriximiná e a extensão da BR-163 até a fronteira do Suriname.
De acordo com a avaliação do governo, a ideia é de que a hidrelétrica possa abastecer a zona Franca de Manaus e região, na tentativa de reduzir apagões. Já a ampliação da BR-163 seria uma forma de integrar a região Norte.
Por fim, a ponte ligaria as duas margens do Amazonas por via terrestre. Inicialmente, o projeto servirá como um caminho para o escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste. Ainda segundo o jornal, o plano de desenvolvimento coincide com uma ação do governo que visa combater a influência do “clero progressista” da Igreja Católica na região e tem o Sínodo sobre a Amazônia, que ocorrerá no Vaticano em outubro, como pano de fundo.
Premiação
Bolsonaro foi escolhido como a Pessoa do Ano pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em reconhecimento à intenção manifestada de estreitar os laços comerciais bilaterais, informou a entidade com sede em Nova York na segunda-feira (11).
A premiação é concedida há 49 anos e busca homenagear dois líderes, um brasileiro e um americano, reconhecidos pela atuação em aproximar e melhorar as relações entre EUA e Brasil. O comitê organizador do prêmio diz ainda não ter o nome da personalidade americana agraciada neste ano.
Em comunicado, a Câmara diz que a escolha de Bolsonaro é um “reconhecimento de sua intenção fortemente declarada de fomentar laços comerciais e diplomáticos mais próximos entre Brasil e Estados Unidos e seu firme comprometimento em construir uma parceria forte e duradoura entre as duas nações.”
No comunicado, a entidade lembra da carreira política de Bolsonaro, iniciada em 1988, quando foi eleito vereador do Rio de Janeiro. Ressaltou ainda os sete mandatos consecutivos como deputado federal também pelo Rio, durante os quais “lutou pelos direitos de militares e pensionistas ativos e inativos”, segundo a Câmara. “Ele também focou em melhorar a segurança dos cidadãos no Brasil e enfatizou os valores cristãos e a família.”
Bolsonaro deve receber o prêmio no jantar de galã que será realizado em 14 de maio no Museu de História Natural de Nova York. Segundo a Câmara, mais de mil líderes, entre empresários, nomes do mercado financeiro e da diplomacia, costumam participar do evento para homenagear os eleitos.