Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 23 de agosto de 2019
A fim de impulsionar a inovação tecnológica e dar ao Estado uma posição de destaque no segmento, o governo do Rio Grande do Sul lançou nesta semana o programa “Inova.RS”. Um dos pilares da iniciativa é a construção de parcerias estratégicas entre os setores público e privado para gerar, reter e atrair empreendedores, negócios e investimentos .
“Nos tempos atuais, a economia tem mudado profundamente e o desenvolvimento está diretamente conectado à tecnologia”, destacou o governador Eduardo Leite. “A grande fonte de riquezas está aí, no que é derivado diretamente do talento e do capital humano, e isso a gente tem de sobra em nosso Estado.”
A iniciativa prevê ações em oito regiões gaúchas, intituladas “ecossistemas de inovação”: Região Metropolitana de Porto Alegre e Litoral Norte, Sul, Central, Vales, Fronteira Oeste e Campanha, Noroeste e Missões, Produção e Norte. Em cada uma delas, a ideia é fortalecer as atividades empreendedoras de maior potencial local.
Segundo a Sict (Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia), a projeção é de que, até 2030, o Rio Grande do Sul atinja um status de referência global em inovação como estratégia de desenvolvimento local. “Se no passado medíamos riquezas em barris de petróleo, hoje o critério é a tecnologia”, ressalta o titular da pasta, Luís Lamb. “O governador nos deu a missão de criar instrumentos para isso.”
Como funcionará
O “Inova.RS” tem a sua metologia inspirada por em projetos já existentes em outros países, como o “22@barcelona”, que provocou uma revolução urbana e a criação de uma zona de atividades econômicas diversas na cidade espanhola. Outro exemplo mencionado é o “Ruta N”, na Colômbia, que que deu novo ânimo à cidade de Medellín, antes celebrizada pela violência dos cartéis do tráfico de drogas.
Em ambos os casos, foi fundamental a parceria com universidades, parques tecnológicos e o segmento empresarial. O programa gaúcho também prevê a criação de um comitê estratégico e outro técnico para cada região. Isso inclui o recurso a bolsistas remunerados pelo governo gaúcho e que farão um mapeamento para diagnosticar as realidades e vocações das áreas abrangidas.
No primeiro ano de atuação dessa rede, está prevista uma série de treinamentos para qualificar os agentes envolvidos. Também está prevista para esta fase a formação de um grupo composto por cidadãos, empresas, universidades e representantes governo. Dentre outras atribuições, eles definirão os projetos prioritários de cada região.
Objetivos do programa
– Conectar o Estado para que seja referência global em inovação como estratégia de desenvolvimento local;
– Fomentar a nova economia e promover a inovação em setores tradicionais;
– Criar um ambiente de negócios mais ágil no Rio Grande do Sul;
– Impulsionar a articulação regional e a participação social nesse movimento, por meio de novas políticas públicas inovadoras;
– Fortalecer o desenvolvimento regional alinhado às políticas públicas e atividades empreendedoras mais vocacionadas em cada região;
– Aumentar a capacidade de investimento do cenário gaúcho;
– Qualificar o aprendizado para a chamada “nova economia”.
(Marcello Campos)