O governo americano está “profundamente preocupado” com os incêndios na Amazônia, disse nesta sexta-feira (23) uma autoridade da Casa Branca, conforme cresce a preocupação internacional com o número de queimadas na região neste ano. As informações são do portal de notícias G1.
O funcionário do governo afirmou que os americanos estão preocupados com o “impacto dos incêndios na floresta amazônica sobre as comunidades, a biodiversidade e os recursos naturais da região”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (23) que ofereceu ajuda ao presidente Jair Bolsonaro para combater queimadas na Amazônia. Pelas redes sociais, o norte-americano também disse que conversou sobre comércio com o Brasil.
“Acabei de falar com o presidente Jair Bolsonaro, do Brasil. Nossas expectativas de comércio são muito empolgantes e nosso relacionamento está forte, talvez mais forte do que nunca”, escreveu.
Líderes se manifestam
A manifestação dos EUA acompanha a fala de outros líderes que comentaram o assunto desde a quinta-feira (22). Angela Merkel, da Alemanha; Emmanuel Macron, da França; Boris Johnson, do Reino Unido; e Justin Trudeau, do Canadá, se pronunciaram diretamente ou por meio de porta-vozes.
Mas, desta vez, ainda que feita por um funcionário não identificado da Casa Branca, a manifestação vem de uma potência mais alinhada com o governo de Jair Bolsonaro, que tem rebatido as críticas à situação na floresta amazônica.
Na quinta-feira, Bolsonaro respondeu os comentários de Macron de que a cúpula do G7 precisa discutir a “crise internacional” das queimadas na Amazônia afirmando que o francês “evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI”.
O governo de Angela Merkel também trata os incêndios na Amazônia como um tema de interesse internacional. “A magnitude dos incêndios é preocupante e ameaça não só o Brasil e os outros países afetados, mas também o mundo inteiro”, disse Steffen Seibert, representante de Merkel.
De acordo com o gabinete do primeiro-ministro britânico Boris Johnson, ele vai dizer no encontro de cúpula do G7 que é preciso renovar o foco na proteção da natureza.
“O primeiro-ministro está gravemente preocupado pela alta da quantidade de incêndios na floresta amazônica e o impacto de trágicas perdas nesse habitat”, disse um porta-voz de Johnson.
As queimadas na Amazônia aumentaram 82% de janeiro a agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, e se intensificaram nas últimas semanas. Na noite de quinta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro fez reunião de emergência com ministros para discutir que medidas devem ser tomadas.