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Armando Burd O governo erra

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O governo federal previa déficit de 139 bilhões de reais este ano. Ao reavaliar os números, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, constatou que iria a 181 bilhões e 100 milhões. Para recuar 42 bilhões e 100 milhões de reais, deu um tiro no pé, suspendendo benefícios fiscais de 4 bilhões e 800 milhões na folha de pagamentos de funcionários. No período em que mais de 12 milhões de brasileiros estão desempregados, deveria ser encontrada outra fórmula que não desestabilize mais ainda o mercado de trabalho.
Até ontem à noite, só de juros o governo federal já tinha pago 102 bilhões de reais. A contagem começou a 1º de janeiro deste ano.

TIROS CERTEIROS

O deputado federal Onyx Lorenzoni dispara a metralhadora:
1) A reforma proposta pelo governo federal não tem nenhuma ideia nova. É o mesmo do mesmo requentado. Trata-se de um reboquinho para ser alterado daqui seis anos.
2) O ministro Henrique Meirelles não me agrada porque rejeito pessoas que traem. Foi eleito pelo PSDB em 2002 e passou a servir o PT.
3) O governo federal mantém 24 mil servidores com cargos em comissão. Nos Estados Unidos, no Canadá e na Alemanha não passam de 1 mil.
4) Não dá para entender que funcionários de quinto escalão tenham telefone celular pago com dinheiro público. O governo federal precisa aprender a poupar nosso dinheiro.

A PERGUNTA DO DIA

É pedir demais? Empregos, salários, estabilidade de preços, juros mais baixos, consumo, distribuição de renda, atração de capitais e maior previsibilidade da Economia.

ANTES E DEPOIS

Quando ainda não tinha chegado ao poder, Fernando Henrique definia as medidas provisórias: “A enxurrada de MPs conspurca a Democracia.” Antes de 2003, Lula também definia: “É uma forma autoritária de governar.”
Os dois presidentes usaram e abusaram do instrumento com força de lei.

É A CRISE

Um assessor do Palácio Piratini acompanha o que acontece no Rio de Janeiro. O governador Luiz Fernando Pezão descumpre ordem do Supremo Tribunal Federal e tem parcelado, em vez de fazer o repasse integral do duodécimo aos demais poderes a cada dia 20 do mês. Até ontem, dos 275 milhões de reais que o Judiciário deveria ter recebido, só foram repassados 38 milhões.

UM LIXO SÓ

Depois da prisão do ex-governador Sérgio Cabral Filho, seguiram ontem o mesmo caminho o presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani, e cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro. Na linha, por lá, só as baterias de escolas de samba.

HÁ 10 ANOS

Em março de 1997, o País se surpreendeu com a revelação do escândalo dos precatórios, expondo violações constitucionais e corrupção. Foram constatadas irregularidades relacionadas à autorização, emissão e negociação de títulos públicos estaduais e municipais em 1995 e 1996, destinados a saldar precatórios, mas que tiveram outras destinações.

RÁPIDAS

* O deputado Edson Brum lembrou frase de Winston Churchill na tribuna da Assembleia ontem : “O futuro é desconhecido, mas o passado deve nos dar esperança.”

* De 1969 a 1993, a carga tributária não passava de 25 por cento do Produto Interno Bruto. Hoje, bate nos 38 por cento.

* O modelo de governo burocrático e intervencionista está falido. Com ele, não se irá a lugar algum.

* O lema de muitos na vida pública: navegar é preciso, largar o poder não é possível.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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