O governo federal autorizou a abertura de processo seletivo no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para até 6.500 vagas temporárias, segundo portaria publicada nesta sexta-feira (11) no Diário Oficial da União.
Os profissionais poderão ser contratados a partir de 2021 “para operacionalização das pesquisas permanentes de natureza estatística e geocientífica do IBGE”. As vagas serão para agentes de pesquisa e para supervisores.
O prazo de duração dos contratos deverá ser de até 1 ano, com possibilidade de prorrogação.
De acordo com a portaria do Ministério da Economia, o edital de abertura de inscrições para o processo seletivo será publicado em até 6 meses.
“As despesas com as contratações correrão à conta de dotações orçamentárias do IBGE”, informa a portaria.
A portaria informa que serão 5.623 vagas de agente de pesquisas e mapeamento; 552 vagas de supervisor de coleta e qualidade; 300 vaga de agente de pesquisas por telefone; e 25 vagas de supervisor de pesquisas.
O valor das remunerações ainda não foi divulgado.
Vagas previstas:
– Agente de Pesquisas e Mapeamento: 5.623.
– Supervisor de Coleta e Qualidade: 552.
– Agente de Pesquisas por Telefone: 300.
– Supervisor de Pesquisas: 25.
Censo no orçamento
O governo federal reservou R$ 2 bilhões na proposta de Lei Orçamentária Anual de 2021 para a realização do Censo Demográfico, feito tradicionalmente pelo IBGE.
Durante a elaboração do orçamento do próximo ano, o governo chegou a pedir estudos sobre um possível adiamento da pesquisa para 2022. A ideia era, nesse caso, usar o dinheiro para reforçar o orçamento do Ministério da Defesa.
O Censo estava previsto inicialmente para 2020, mas foi adiado em razão das complicações decorrentes da pandemia do novo coronavírus. A coleta de dados inclui visitas de agentes do Censo às casas dos brasileiros – o concurso público para selecionar esses agentes foi suspenso.
Segundo o secretário de Orçamento Federal do Ministério da Economia, George Soares, o governo gastou R$ 217 milhões em 2020 com ações preparatórias para o Censo, mesmo com o adiamento da pesquisa.
O orçamento inicial do Censo estava estimado em R$ 3,4 bilhões, mas o valor foi reduzido ainda em 2019 após pressão da área econômica.
Para reduzir os custos, o IBGE ajustou os questionários e reduziu o número de perguntas. O orçamento previsto, de R$ 2 bilhões, se aproxima do valor mais enxuto que já tinha sido anunciado pelo instituto.