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O governo federal espera gerar 2 milhões de postos de trabalho no País este ano

Fila de interessados supera várias vezes número de vagas. (Foto: Vitor Abdala/Agência Brasil)

O ministro do Trabalho, Helton Yomura, disse nesta terça-feira (1º), Dia do Trabalhador, que o País deve ter um saldo positivo de 2 milhões de postos de trabalho neste ano. Segundo os últimos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), havia no Brasil, em março deste ano, 90,6 milhões de pessoas ocupadas e 13,7 milhões de desempregados.

“No primeiro trimestre deste ano, tivemos o Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho] positivo. Em janeiro, foram mais de 71 mil vagas; em fevereiro, mais 61 mil vagas e, em março, mais de 55 mil vagas. Foi o melhor janeiro dos últimos cinco anos e o melhor fevereiro dos últimos quatro. Estamos no rumo certo. Se a economia seguir a tendência de projeção do Banco Central e do Ministério da Fazenda, os empregos acompanharão a retomada dos investimentos”, destacou.

De acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE, porém, a taxa de desemprego no Brasil subiu para 13,1% no primeiro trimestre do ano. No último trimestre de 2017, atingiu 11,8%, segundo dados divulgados na semana passada.

Protestos

Manifestantes se reuniram a partir do início da tarde desta terça na região central de Brasília em um ato pelo Dia do Trabalhador, criticando a reforma trabalhista. O protesto, convocado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), em conjunto com a Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, pede também justiça para a vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros no Rio de Janeiro, e critica a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, desde o dia 7 de abril.

“O mote do 1º de Maio em todo o País é Marielle Vive e Lula Livre porque são duas figuras que representam muito o retrocesso, a violência, o ódio e a perseguição que a gente vive no País”, disse o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antônio Lisboa.

Segundo Lisboa, o grupo também protesta contra as reformas trabalhista e da Previdência e contra a Emenda Constitucional 95 que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos. “Outro ponto [do ato] é a defesa da democracia e dos direitos das minorias, dos povos indígenas, negros, mulheres”, disse o dirigente da CUT.

Além de falas políticas, o ato tem apresentações culturais e atividades para as crianças e será finalizado com uma roda de samba, com o grupo Samba da Tapera.

Fila por emprego

Milhares de pessoas passaram a noite na fila para um evento que oferece nesta terça mais de 5 mil vagas de emprego, no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. O evento, chamado de Festa do Trabalhador, é promovido pelo Sesc do Rio.

Segundo os organizadores, o público gira em torno de 40 mil pessoas. Houve quem chegasse às 22h da noite de segunda-feira para participar do evento e garantir uma vaga.

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