General de Divisão desde 2018, Pazuello atuou como coordenador operacional da Força-Tarefa Logística Humanitária Operação Acolhida, responsável pelos trabalhos relacionados aos cidadãos venezuelanos que chegaram ao Brasil por Roraima, fugindo na crise no país vizinho.
Ex-comandante da Base de Apoio Logístico do Exército, o novo secretário-executivo do ministério trabalhou como coordenador logístico das tropas do Exército na Olimpíada de 2016.
“Turma da Olimpíada”
Além da patente de general, os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Walter de Souza Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (GSI) e Eduardo Pazuello (Saúde) têm um fato em comum no currículo: todos atuaram na Rio-2016.
Oficializado chefe interino da pasta da Saúde, Pazuello integra o grupo militar que tem angariado mais espaço tanto no Palácio do Planalto quanto na Esplanada dos Ministérios, com nomeações de ex-subordinados à época da Rio-2016 para postos de segundo e terceiro escalão no governo.
Atualmente, os quatro generais formam um eixo de confiança em torno de Jair Bolsonaro (sem partido), que rivaliza com os filhos do presidente quando o assunto é aconselhá-lo.
A escalada militar dentro da cúpula mais próxima ao mandatário — onde civis como Onyx Lorenzoni (hoje ministro Cidadania) e Sérgio Moro (ex-titular da pasta da Justiça e Segurança Pública) — caíram gradativamente, foi o pivô da ascensão da chamada “turma da Olimpíada”.
Nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, Pazuello atuou como coordenador logístico das tropas do Exército e era subordinado ao hoje ministro da Casa Civil, Braga Netto. À época, Netto era o coordenador-geral da assessoria Especial para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
Os militares atuaram, durante os eventos esportivos, no patrulhamento de aeroportos, entorno dos estádios, além de monitorar revistas nos estádios.