Domingo, 22 de dezembro de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O governo federal prevê a reformulação nas regras do seguro-desemprego e o incentivo para a recolocação

Compartilhe esta notícia:

No Rio Grande do Sul, o desemprego aumentou de 4,6%, no último trimestre de 2022, para 5,4%, nos três primeiros meses de 2023. (Foto: Marcello Casal Jr/ABr)

Com a reformulação das condições do seguro-desemprego proposta aos ministros pelo Ministério da Economia, trabalhadores que conseguirem uma recolocação no mercado de trabalho, em período determinado, poderão receber até uma parcela do benefício que teriam direito. O objetivo da pasta é dar incentivo para colaboradores e empresas para a contratação na modalidade formal de trabalho.

O intervalo para solicitar o seguro-desemprego também deve ser ampliado para pelo menos 16 meses entre um pedido e outro. Atualmente, esse prazo varia entre 12, nove e seis meses, de acordo com a quantidade de solicitações já feitas pelo beneficiário.

De acordo com informações divulgadas, o governo pretende pagar a metade do valor da parcela que o trabalhador receberia para aqueles que conseguirem um novo emprego durante o aviso prévio demissional ou antes do início do recebimento. Aqueles que se recolocarem antes de receber a segunda parcela do benefício, devem receber a quantia equivalente e 30% da parcela.

Segundo dados do Ministério da Economia, os desempregados costumam usar em média 4,3 de cinco parcelas possíveis do seguro e, normalmente, acabam postergando o início em uma nova proposta para assinar a carteira de trabalho, visando receber o benefício até o fim. Atualmente, o valor máximo recebido pelo seguro-desemprego é de R$1,9 mil para trabalhadores com salário médio acima de R$2,8 mil, que recebe entre três e cinco parcelas, variando de acordo com o tempo trabalhado.

Dessa forma, a ideia da pasta é reduzir o valor das parcelas ao longo dos meses.

Para evitar um modelo de trabalho informal, no caso de um novo emprego, o ministério espera garantir que o beneficiário tenha direito de solicitar o seguro-desemprego se não fizer uso de todas as parcelas que têm direito.

Aperto nas regras

Outra mudança prevista pela reformulação do programa são as regras para solicitar o benefício. Caso seja aprovada, a medida prevê que o prazo entre um pedido e outro deve ser de pelo menos 16 meses. Atualmente, quem solicita o seguro-desemprego pela primeira vez precisa ter trabalhado em regime CLT por no mínimo 12 meses. O prazo diminui conforme a quantidade de solicitações. Para quem está pedindo o seguro pela segunda vez, a exigência passa para nove meses trabalhados e, da terceira vez em diante, o período mínimo de carteira assinada é de seis meses.

Com a mudança, o governo espera diminuir a rotatividade nas vagas de emprego e evitar irregularidades. A expectativa do Ministério da Economia é reduzir as despesas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que estão projetadas em R$ 78,7 bilhões para este ano.

Benefício para as empresas

Diante das novas regras, empresas que auxiliarem na recolocação dos desempregados também devem receber incentivos, como uma redução da multa da recisão e do FGTS no primeiro ano de contrato.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, também a citou a criação de um “seguro-emprego”. Em encontro da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, ele sugeriu que o governo pague R$ 500 por trabalhador, a cada mês, para preservar o emprego, numa nova rodada de ajuda aos pequenos negócios.

“Por que não dar R$ 500 para ter um seguro-emprego? Em vez de esperar alguém ser demitido e dar R$ 1 mil, vamos evitar a demissão pagando R$ 500 antes. Um seguro-emprego. Em vez de uma cobertura de quatro, cinco meses, como é agora no seguro-desemprego, vamos fazer uma cobertura de 11 meses, 12 meses pela metade do custo”, declarou o ministro, sem dar mais detalhes.

O ministro prometeu novas medidas de ajuda além do Benefício Emergencial (BEm), que complementa a renda do empregado com jornada reduzida ou contrato suspenso, e do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Ele, no entanto, não explicou que novas medidas seriam essas. Apenas disse que as medidas “vêm aí” e serão anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro mais adiante.

tags: em foco

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Sem trabalho ou auxílio, milhões de brasileiros podem perder acesso aos benefícios do INSS
Pacientes com coronavírus passam mais tempo internados em UTIs nesta fase da pandemia no Brasil
https://www.osul.com.br/o-governo-federal-preve-a-reformulacao-nas-regras-do-seguro-desemprego-e-o-incentivo-para-a-recolocacao/ O governo federal prevê a reformulação nas regras do seguro-desemprego e o incentivo para a recolocação 2021-03-14
Deixe seu comentário
Pode te interessar