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Brasil O governo federal quer ouvir as centrais sindicais sobre a proposta de reforma da Previdência, mas apenas depois de fechar o texto final que será enviado ao Congresso Nacional

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O presidente da CUT, Vagner Freitas. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O governo federal quer ouvir as centrais sindicais sobre a proposta de reforma da Previdência, mas apenas depois de fechar o texto final que será enviado ao Congresso Nacional. O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, prevê que a proposta será conhecida oficialmente entre os dias 19 e 21 de fevereiro. Parte dos sindicalistas ficou surpresa com a iniciativa da equipe econômica em querer dialogar, mas espera que a oferta não seja algo “para inglês ver”.

As centrais não têm uma posição homogênea em relação à reforma. A UGT (União Geral dos Trabalhadores) reconhece a necessidade da reforma, assim como o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força Sindical. Já a CUT (Central Única dos Trabalhadores) já fala em “resistência” à proposta da equipe do presidente Jair Bolsonaro.

A sugestão do seminário com as centrais partiu de Marinho, que se reuniu na quinta-feira (7), com integrantes de associações e sindicatos para debater a MP (Medida Provisória) que instituiu medidas antifraude. O secretário especial buscou sinalizar que o governo vai dar tempo aos sindicalistas e aos movimentos sociais para que analisem o texto e coloquem suas preocupações.

Durante a tramitação da reforma do ex-presidente Michel Temer, as centrais participaram das discussões na comissão especial que analisou o mérito da proposta. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já afirmou que a nova PEC da reforma precisará seguir o rito tradicional, passando pela comissão especial, onde haverá novamente esse espaço de debate.

A UGT defende um regime único de Previdência, com as mesmas regras para todos os brasileiros, sem segregação entre servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada, como existe hoje.

A central também prega a “urgência na convergência dos regimes atuais, como forma de acabar com a enorme desigualdade existente entre s aposentadorias do setor público e do setor público”. Na idade mínima, a UGT defende instituição de 57 anos para mulheres e 62 anos para homens, valendo apenas para quem ingressasse no mercado de trabalho após a promulgação da reforma.

Segundo o presidente da UGT, Ricardo Patah, a entidade apoia inclusive a ideia de um regime capitalização (pelo qual as contribuições vão para uma conta individual, que banca os benefícios futuros), desde que valha para quem ganha mais de cinco salários mínimos e quer garantir uma renda extra à aposentadoria regular. Ele ressaltou, porém, que é preciso discutir o modelo dessa Previdência complementar para evitar que o desenho seja feito apenas para beneficiar o sistema financeiro na administração desses recursos poupados.

A CUT, que tem uma posição mais contrária à proposta, pretende realizar uma assembleia nacional no próximo dia 20 de fevereiro para organizar a “resistência” à reforma. Freitas, que foi recebido na quinta pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, considera que a minuta da proposta retira direitos.

“Viemos perguntar qual é, de fato, a proposta do governo. Toda vez tem uma notícia diferente. Se a proposta é de capitalização, não temos concordância sobre isso. Se é essa a proposta, tem que ser levada para ser discutida com a sociedade”, disse o presidente da CUT.

Para Freitas, o regime de capitalização favorece o capital financeiro nacional e internacional e impede que o trabalhador receba aposentadoria e benefícios de assistência social. “Da forma que está sendo colocada (a reforma), retira direitos”, criticou.

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