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O governo federal vai combater “fake news” sobre vacinas

A campanha de vacinação tem por objetivo aumentar a cobertura vacinal contra o sarampo. (Foto: Reprodução de internet)

Em meio à baixa cobertura vacinal e pelo menos dois surtos de sarampo no País, o governo federal reforça ações de comunicação para combater as chamadas “fake news” (notícias falsas) relacionadas à imunização. A estratégia do Ministério da Saúde, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República e outros órgãos visa a minimizar os prejuízos causados à população pelo compartilhamento de informações equivocadas sobre efeitos das vacinas.

Por meio de nota, a pasta informou que conta com uma equipe de monitoramento responsável por analisar as principais notícias de saúde no meio digital, tanto em portais de notícias quanto nas redes sociais. Em 2017, foram recebidos mais de 2,2 mil alertas. Este ano, até o momento, foram mais de mil.

“Todos eles são analisados pela assessoria de comunicação e, caso necessário, é realizada uma intervenção ativa para esclarecer o posicionamento do Ministério da Saúde”, informou a pasta, por meio de nota.

Segundo o ministério, uma publicação esclarecendo que não existe o subtipo H2N3 do vírus influenza no Brasil – boato que circulou nas redes sociais e grupos de aplicativos de mensagens no início do mês de abril – registrou 22.030 compartilhamentos, 1.580 comentários, 11.890 reações (curtidas e afins) e alcançou 2,2 milhões de pessoas, na página oficial da pasta no Facebook.

Sarampo e pólio

Entre os dias 6 e 31 de agosto, o ministério promove a Campanha Nacional de Seguimento contra o Sarampo e a Poliomielite. O Brasil, que não tinha casos confirmados de sarampo desde 2015, já registrou 475 só este ano. O foco da vacinação são crianças com idade entre 1 e 5 anos incompletos.

Em 2017, foram registrados no mundo:

Sarampo: 173.330 casos, um aumento de mais de 41 mil casos em um ano. Destes, 775 casos foram na região das Américas.

Poliomielite: 96 casos, 54 casos a mais do que 2016. Nenhum caso confirmado na região das Américas, apesar de uma suspeita que foi descartada na Venezuela.

Difteria: mais de 16 mil casos registrados, um aumento de mais 9 mil casos em comparação com 2016. Destes, 872 casos foram na região das Américas.

Síndrome da Rubéola Congênita: 830 casos em 2017, um aumento de 367 casos se comparado com 2016. A SRC (Síndrome da Rubéola Congênita) é quando a infecção pelo vírus da rubéola acontece durante a gravidez, principalmente no primeiro trimestre, e pode comprometer o desenvolvimento do feto e causar aborto, morte fetal e anomalias congênitas.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) faz um alerta de que estas doenças podem ser prevenidas com vacinas. E também ressalta que pode haver subnotificação dos casos, já que nem sempre os países conseguem informar dados precisos.

Cobertura

No Brasil, a vacinação de crianças menores de um ano teve seu menor índice de cobertura em 16 anos. A Tetra Viral, que previne o sarampo, caxumba, rubéola e varicela, apresenta o menor índice de cobertura: 70,69% em 2017. Seguido da vacina de Rotavírus Humano que ficou 20% abaixo da meta.

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