Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de janeiro de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O governo gaúcho acrescentou mais um problema ao já conhecido desafio de vencer um déficit orçamentário estimado em mais de R$ 7 bilhões. Agora, os técnicos do governo já contabilizam a dimensão dos prejuízos que as enchentes da Fronteira Oeste trarão nas expectativas da produção agropecuária.
Restam poucas alternativas convencionais
As alternativas convencionais são poucas e todas, por ora, passam por viajar a Brasília com o tradicional pires na mão: a negociação com o governo federal de questões cruciais, como a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, revisão dos termos da Lei Kandir e outras questões que dependem da lição de casa.
Urgente: fazer a lição de casa
A lição de casa do governo é bastante clara: precisará reduzir despesas decorrentes de vantagens e penduricalhos do funcionalismo, totalmente defasados em relação aos novos tempos. Em relação ao magistério, em especial, a revisão do plano de carreira, um dogma para a categoria, precisará ser enfrentado. Está cada vez mais claro que Plano de Carreira e Piso da Carreira não conviverão por muito tempo. Neste aspecto, o governo enfrentará naturais dificuldades para dialogar por exemplo, com um sindicato dos professores que, sobre esse ponto não aceita dialogar. Nas demais categorias, a dificuldade será semelhante.
Melhoria do ambiente para investimentos
No aspecto dos investimentos, o governador está ciente de que, aos olhos dos investidores, o Rio Grande do Sul ainda vive uma fase de atraso nos licenciamentos para as mais diversas fases. Na área ambiental já ocorreram avanços relevantes graças ao protagonismo da ex-secretária Ana Pelini, agora convocada para atuar no governo federal. Talvez a diferença se coloque exatamente neste ponto. A atração de novos investimentos parece ser o caminho mais correto para aumentar a receita do Estado e retomar o círculo virtuoso da economia.
Crescimento do PIB: uma luz
Em relação a esse ponto, ontem surgiu um fato animador. O Fundo Monetário Internacional estimou o crescimento da economia brasileira de 2019 em 2,5% no PIB. Se o Estado souber criar mecanismos para compartilhar desse crescimento, certamente terá encontrado uma das saídas para aumentar sua receita e amenizar sua crise financeira.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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