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O governo gaúcho iniciou um programa para ampliar em oito vezes o número atual de testes de coronavírus no Estado

O País acrescentou às estatísticas 34.387 novos diagnósticos em 24 horas. (Foto: EBC)

O governador gaúcho Eduardo Leite iniciou nesta quinta-feira (23) o programa “Testar RS”, com foco na ampliação e agilização do rastreamento de casos de coronavírus no Rio Grande do Sul. Uma das metas é passar de 1 mil para 8 mil o número diário de exames do tipo RT-PCR, considerado pelo Lacen (Laboratório Central do Estado) como o mais eficiente para o diagnóstico de Covid-19.

Também está prevista uma busca ativa por pessoas que tiveram contato com indivíduos contagiados e testá-las também – em caso de diagnóstico positivo, o isolamento poderá ser providenciado de forma mais rápida. São parceiros da iniciativa o Ministério da Saúde e secretarias municipais do setor, com o apoio da iniciativa privada.

Conforme o chefe do Executivo, a combinação de uma testagem mais abrangente à análise do perfil dos casos confirmados e de sua distribuição no território gaúcho possibilitarão um melhor direcionamento das estratégias de distanciamento social. Com isso, a SES (Secretaria Estadual da Saúde) terá mais condições para promover uma quebra na cadeia de transmissão do vírus.

“Com isso, queremos reduzir a transmissão comunitária do vírus e reduzir o crescimento da curva epidêmica, de forma a assegurar a capacidade de atendimento hospitalar”, frisou Leite durante transmissão ao vivo nas redes sociais.

Etapas

A estratégia será dividida em duas etapas. A primeira – que começou nesta quinta-feira – se concentra sobre dois grupos prioritários: 800 Instituições de Longa Permanência de Idosos (com alto risco de exposição ao vírus e diversos surtos já constatados nesses locais) e estabelecimentos de saúde, que têm muitos profissionais afastados por suspeita de coronavírus e precisam de segurança sanitária o combate à pandemia.

Também fazem parte da fase inicial pessoas com sintomas gripais que residam nos 30 maiores municípios gaúchos com mais de 40 mil habitantes e maior incidência de casos confirmados de contágio. A titular da SES, Arita Bergmann, detalhou os próximos passos do programa:

“Já nesta primeira etapa, vamos disponibilizar a realização de mais mil testes diários, parte no Lacen e outra em São Paulo e Paraná. Posteriormente, com o envio de um extrator pelo Ministério da Saúde, junto com os kits de insumos, teremos maior agilidade na realização dos exames, que hoje são feitos de forma manual. Com cada extrator, poderemos dobrar a capacidade de testagem”.

Além disso, parte dos testes será feita pelo Lacen e por laboratórios conveniados, e outra parte será enviada a um laboratório autorizado pelo Ministério da Saúde, no Paraná ou em São Paulo. O governo federal já anunciou que o Rio Grande do Sul terá 500 mil testes para esse projeto, possibilitando chegar a 8 mil exames diários na segunda fase do projeto, a partir de agosto.

“Mais dois grupos serão amplamente testados: os casos sintomáticos e os casos suspeitos por serem contactantes próximos de casos confirmados de Covid-19”, acrescenta o governo gaúcho. “A adesão pela população será fundamental para que possam ser rastreados e isolados os contaminados assintomáticos.”

Para que todas as pessoas com sintomas gripais possam fazer o teste, o governo está organiza uma central de recebimento, triagem, acondicionamento e envio de amostras para centros de triagem regionais, que serão criados. Além disso, o Estado contará com a parceria de municípios para criar centrais municipais.

(Marcello Campos)

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