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Notícias O governo suspende o edital anunciado pelo ex-secretário da Cultura em vídeo com alusão nazista

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Ex-secretário da Cultura isenta assessores de culpa por vídeo em que copia uma fala do nazista Joseph Goebbels. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O governo Bolsonaro decidiu esperar a posse do novo secretário da Cultura para decidir se publica no Diário Oficial da União (DOU) o Prêmio Nacional da Cultura, um programa que contaria com R$ 20 milhões em investimentos. O conteúdo do edital, esperado para ser publicado nesta semana, havia sido anunciado em um vídeo publicado nas redes sociais do governo pelo ex-secretário Roberto Alvim, exonerado na semana passada por ter parafraseado um discurso do ministro da Propaganda de Hitler, Joseph Goebbels.

Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria Especial da Cultura sublinhou que o edital do prêmio “não chegou a ser publicado” e que “caberá ao novo secretário reavaliar a continuidade” da iniciativa.

A decisão sobre a permanência do projeto deve ficar a cargo da atriz Regina Duarte, que estará Brasília nesta quarta-feira (22), para conhecer parte da estrutura e da equipe da Secretaria da Especial da Cultura. Convidada pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o órgão, ela aceitou passar por um “período de testes”, que começa hoje.

O prêmio anunciado por Alvim havia sido divulgado no site da Secretaria da Especial da Cultura na quinta-feira (16). Seriam sete categorias, que premiariam cinco óperas, 25 espetáculos teatrais, 25 exposições individuais de pintura e 25 de escultura, 25 contos inéditos, 25 CDs musicais originais e 15 propostas de histórias em quadrinhos. No texto, o órgão antecipava que o edital seria “publicado na próxima semana”, o que não se confirmou, devido à exoneração de Alvim.

Desculpas

Roberto Alvim divulgou  um áudio e um comunicado a seus contatos no WhatsApp em que assume a responsabilidade pelo discurso. “Eu escrevi o texto do meu discurso no vídeo, a partir de várias fontes e ideias, que me chegaram de muitos lugares”, diz.

Alvim diz que seus assessores, Denia Magalhães, Alessandro Loiola e Alexandre Leuzinger “não têm nada a ver com a escritura”. O comunicado é uma resposta a uma publicação do site AgoraParaná, que afirmou neste domingo que o texto lido pelo ex-secretário havia sido redigido pelos assessores, “que o levaram à queda”.

A seus contatos, Alvim diz que não sabia que o discurso tinha origem nazista. “Não percebi nada errado ali… mas errei terrivelmente ao não pesquisar com cuidado a origem e as associações de algumas frases e ideias e assumo a responsabilidade por meu erro. Perdi tudo por causa desse erro terrível”, afirma.

O ex-secretário pede desculpas à comunidade judaica e diz que tem repúdio pelo nazismo e por outros regimes genocidas. Continua, dizendo que começa a “desconfiar não de uma ação humana, mas de uma ação satânica em toda essa horrível história” e que está cuidando de sua mulher e filho, “que estão destroçados”.

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