Sábado, 16 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de março de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O secretário da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Cláudio Carvalho, foi à Assembleia Legislativa esta semana e admitiu que não vislumbra, ao final do Plano de Recuperação Fiscal, possibilidade de honrar a dívida com a União. Portanto, fica a dúvida se a negociação com o governo federal terá algum resultado.
Não pagar as prestações por seis anos deveria ser mais do que um alívio emergencial. Precisaria representar a elevação a outro patamar por meio de um projeto consistente. Carvalho só vê uma saída: a discussão do pacto federativo, em que a União ficasse com menos do que os 58 por cento do bolo tributário arrecadado no país. Com isso, os estados teriam mais do que os atuais 24 por cento.
Está faltando a garantia
Os deputados gaúchos também precisam fazer perguntas com urgência ao secretário estadual da Fazenda, Marco Aurelio Santos Cardoso: 1) se for fechado acordo com a União, ao final do prazo de seis anos de suspensão das parcelas o governo do Rio Grande do Sul já terá fôlego para continuar pagando a dívida? 2) o que será feito com os 11 bilhões e 300 milhões de reais que deixarão de ser repassados ao Ministério da Fazenda? 3) qual a garantia de que o dinheiro retido em caixa não vai custear despesas, esvaindo-se como ocorreu ao longo de décadas? Sem as respostas, a aprovação na Assembleia Legislativa do acordo do Executivo com a União equivalerá a enxugar gelo.
Tocou o despertador
O MDB realizou ontem à noite, em Imbé, reunião de lideranças estaduais, que chegaram a um consenso: o Rio Grande do Sul precisa concorrer à presidência do diretório nacional para tirar a atual composição do poder. A eleição ocorrerá em outubro e a campanha começará em maio. Manifestaram-se Pedro Simon, Luís Roberto Andrade Ponte, Gabriel Souza e Sebastião Melo, entre outros.
Bateu forte
O deputado Sebastião Melo apresentou o documento denominado MDB – de remédio a veneno?
Depois de analisar os resultados das eleições do ano passado, perguntou: “Os partidos políticos ainda são os mediadores da sociedade e da democracia?” Adiante, afirmou: “O MDB abriu mão de um projeto nacional (disputou apenas duas vezes a Presidência da República) para se manter no jogo do poder, da troca de favores e de barganhas políticas. Por isso, esteve em todos os governos desde a redemocratização. Isso precisa acabar. Para tanto, temos que recuperar todos os nossos documentos históricos”. É claro que Sebastião desagradou a muitos.
Segundo tempo
A programação do encontro do MDB prossegue hoje com o seminário O Brasil que saiu das urnas e as novas perspectivas de representação. Teóricos vão expor suas idéias para uma platéia que precisa de diretrizes práticas.
No funil
Em audiência no Palácio Piratini, ontem pela manhã, o MDB entregou a lista de indicados para cargos nos segundo e terceiro escalões do governo. Há disponibilidade para 30. A lista tem 80 nomes.
Vai partir
Foi grande a briga entre assessores e parlamentares para entrar na comitiva do presidente Jair Bolsonaro, que embarcará amanhã aos Estados Unidos.
Violência sem precedentes
Hoje, completam-se 29 anos do maior calote da história brasileira. A 16 de março de 1990, o presidente Fernando Collor, empossado no dia anterior, reteve 80 por cento das aplicações em overnight e limitou em 50 mil cruzeiros o saque bancário da poupança. A ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Melo, nem sabia o que estava fazendo. Tinha apenas ouvido falar sobre o confisco e achou que derrubaria a inflação. O resultado final foi pífio, assim como toda a gestão que desembocou no impeachment.
Sonha alto
Empresários gaúchos do setor de calçados encontraram o governador João Doria no aeroporto de São Paulo esta semana. Depois das despedidas, veio a definição: ele gostaria de ser três em um. Quer dizer, prefeito, governador e presidente da República ao mesmo tempo.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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