Nesse domingo, pela primeira vez desde o início da preparação do grupo do Grêmio para o Mundial de Clubes da Fifa (Federação Internacional de Futebol) nos Emirados Árabes, o técnico Renato Portaluppi fechou o treino aos jornalistas e torcedores, de olho no duelo contra o Pachuca (México). A medida teve por base o protocolo oficial da entidade, que autoriza as equipes participantes a fecharem uma atividade antes dos jogos.
Com pouco mais de 20 minutos de trabalho no complexo esportivo do clube Al Ain, que leva o nome da cidade-sede da partida, foi possível observar apenas o aquecimento dos atletas, que tiveram o acréscimo do volante Cristian, do atacante Beto da Silva e do fisioterapeuta Thiago Albuquerque, que se uniram ao grupo que disputa do torneio.
O plentel do Grêmio retoma os preparativos na tarde desta segunda-feira e, após a sessão, seguirá para o estádio Hazza Bin Zayed, na mesma cidade, onde fará o reconhecimento do gramado. O confronto contra os mexicanos está marcado para as 15h desta terça-feira, pela semifinal da competição. Se vencer, o Tricolor gaúcho enfrentará o Al Jazira (donos da casa) ou o Real Madrid (Espanha), que se enfrentam na tarde de quarta-feira, também às 15h.
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Antes dos trabalhos, alguns atletas do Tricolor gaúcho concederam entrevistas à imprensa, que a cada dia aumenta o seu efetivo para a cobertura jornalística do evento. Em destaque, o clima de espera pelo confronto que poderá levar o clube à sua terceira decisão do Mundial – nas duas oportunidades anteriores, o Grêmio foi campeão em 1983 ao bater o Hamburgo (Alemanha) e vice em 1995 ao perder nos pênaltis para o Ajax (Holanda).
O goleiro Marcelo Grohe admitiu a ansiedade de estrear na competição. “Olhamos o jogo do Pachuca, conseguimos analisar e o pessoal nos passou algumas informações sobre eles também”, relatou. “Temos que controlar a ansiedade para que possamos desenvolver o nosso jogo, que nos deu a Copa Libertadores da América.”
Já o lateral-esquerdo Marcelo Oliveira falou sobre o Pachuca, que no sábado avançou no torneio ao vencer no segundo tempo da prorrogação o Wydad Casablanca (Marrocos). “É uma equipe forte coletivamente, vimos alguns detalhes de movimentação [ao vivo, por meio de um telão no hotel onde os atletas gremistas estão hospedados] e, a partir de agora, vamos estudar bastante o estilo de jogo deles”, garantiu.
Já o atacante Luan, goleador do Mosqueteiro na Libertadores, com oito gols marcados, destacou a força do grupo e a confiança no técnico Renato para definir quem será o substituto do volante Arthur, que se lesionou na final da competição continental. “É claro que a gente sente falta dele aqui, porque participou de todo ano conosco, mas todos têm qualidades e vamos apoiar quem for o escolhido”, afirmou o camisa 7, uma das esperanças de gols no Mundial.
Já para o seu companheiro de ataque, o argentino naturalizado paraguaio Lucas Barrios, as principais características do Pachuca são a velocidade e a força: “Eles têm jogadores rápidos. Eu joguei no México e sei como eles pensam dentro de campo. Estamos muito concentrados, acabou a comemoração e agora estamos focados nesta semifinal”.