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Rio Grande do Sul O primeiro paciente de coronavírus a receber transfusão de plasma sanguíneo no Rio Grande do Sul recebeu alta da UTI

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Tratamento ainda tem caráter experimental e não proporciona a cura da doença. (Foto: EBC)

Primeiro dos três pacientes gaúchos a receberem transfusão de plasma sanguíneo para tratamento de caso grave de coronavírus, um idoso de 63 anos recebeu alta da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Virvi Ramos, em Caxias do Sul (Serra), nesta segunda-feira (15). Morador de Garibaldi, ele foi submetido ao procedimento em 26 de maio e, apesar de recuperado, permanece na instituição, onde chegou há quase dois meses.

A transfusão do plasma de um paciente curado para um infectado tem por base a expectativa de que os anticorpos presentes nesse componente do sangue forneçam melhor resposta à doença. “Estudos buscam a diminuição dos sintomas da infecção e da carga viral no organismo, resultando em uma menor utilização de leitos de UTI”, explica do site do Ministério da Saúde.

O órgão federal faz a ressalva de que ainda não há comprovação de cura por meio desse procedimento, que é experimental. “Os cuidados ofertados atualmente são de suporte e tratamento de sintomas, como febre, tosse e dores no corpo”, explica. “A comunidade científica busca de forma acelerada alternativas terapêuticas, que vão de medicamentos a procedimentos, incluindo a transfusão de plasma convalescente, já testada em outras epidemias.”

As duas transfusões anteriores com essa finalidade, ambas também no Hospital Virvi Ramos, tiveram como receptores outros dois moradores da região, respectivamente no dia 11 de junho e no último sábado (13). São eles uma mulher de 33 anos e um idoso de 64 anos, ambos de Caxias do Sul.

Em comum, esses três indivíduos apresentavam agravamento do quadro de saúde por causa de Covid-19 e eram submetidos a ventilação mecânica com respirador artificial.

A avaliação dos candidatos a doador – dezenas até agora – é feita de forma criteriosa. O perfil básico exigido é: sexo masculino, idade entre 18 e 60 anos, histórico de infecção por coronavírus (atestado por exame do tipo “PCR”) e recuperação da doença (ausência total de sintomas) há pelo menos 28 dias. O agendamento é feito por meio do telefone (54) 98418-8487 (WhatsApp) ou (54) 3290-4543.

Capital

Em Porto Alegre, o Hospital de Clínicas também se mobiliza nesse sentido. A instituição segue em busca de voluntários para um estudo sobre a utilização do plasma de curados de Covid-19. O procedimento já estava autorizado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa desde o final de maio, mas ainda esbarrava na questão financeira – problema solucionado por uma doação do Instituto Cultural Floresta.

Conforme o chefe do Serviço de Hemoterapia do Clínicas, Leo Sekine, a experiência já está em fase de estruturação, com o encaminhamento de cotações, compras de insumos e treinamento de equipes, envolvendo de forma direta e indireta de diversos setores. “Mais de 30 colaboradores já se engajaram ao projeto”, contabiliza.

A primeira etapa terá como foco a coleta e armazenamento de plasma convalescente e a transfusão do material em pacientes acometidos pela Covid-19. O recrutamento de doadores já começou: quem estiver curado da doença pode participar, de forma voluntária, entrando em contato com o Clínicas. Mais detalhes no site oficial www.hcpa.edu.br.

Para realizar esse tipo de terapia é necessário fazer um processo de transfusão, por meio do qual o paciente diagnosticado com o coronavírus recebe plasma sanguíneo de indivíduos curados, ou seja, que já não apresentam mais os sintomas da doença há pelo menos duas semanas desde a confirmação do contágio.

A expectativa é de que os anticorpos produzidos por quem já contraiu o vírus ajudem os doentes mais graves a reagir de forma mais rápida à Covid-19. Os doadores, no entanto, devem atender a critérios previstos na legislação referente à doação de sangue, além de estarem assintomáticos há mais de 14 dias para a doença e apresentar um resultado negativo em exame do tipo PCR swab nasal.

“O plasma sanguíneo é formado principalmente por água, sais, proteínas e anticorpos”, explica o Hospital de Clínicas de Porto Alegre. “A hipótese é de que isso ajude a reduzir os sintomas da infecção e a carga viral no organismo.”

(Marcello Campos)

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