Terça-feira, 25 de março de 2025
Por Redação O Sul | 22 de março de 2025
O combate à inflação é o tema com a pior avaliação da população sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo pesquisa Ipsos-Ipec divulgada na sexta-feira (21). A área é avaliada como ruim ou péssima por 57% dos entrevistados, ante 47% na última pesquisa. A atuação para controlar e cortar gastos públicos é mal avaliada por 53% e a segurança pública por 50%.
A percepção da população é negativa em todas as nove áreas levantadas pela pesquisa. A exceção é a educação: 36% avaliam como ótima ou boa, 26% como regular e 36% como ruim ou péssima. Ao serem questionados sobre o governo Lula de forma geral, 51% responderam que está pior do que esperavam, uma alta de 10 pontos percentuais em relação aos 41% registrados na rodada de dezembro do levantamento.
A pesquisa Ipsos-Ipec entrevistou 2.000 brasileiros presencialmente em 131 municípios entre os dias 7 e 11 de março deste ano. O nível de confiança do estudo é de 95%, com margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Mesmo bandeiras históricas da gestão petista não estão bem avaliadas. O desempenho no combate à fome e à pobreza é considerado ruim ou péssimo por 47%, regular por 25% e ótimo ou bom por 27%. Os índices são semelhantes quanto o assunto é o combate ao desemprego: a avaliação é negativa para 45%, regular para 29% e positiva para 25%.
A mesma pesquisa revelou no início do mês que, pela primeira vez na série histórica deste levantamento, iniciada em março de 2023, a avaliação negativa de Lula superou a positiva. São 41% os que responderam que a administração é ruim ou péssima, 30% os que classificam como regular e 27% os que dizem que o governo é ótimo ou bom. Não soube ou não respondeu 1%.
Já as políticas ambientais do governo Lula, sob responsabilidade da ministra Marina Silva (Rede), são avaliadas negativamente por 40% dos entrevistados — em dezembro, somava 38%. Em setembro do ano passado, o índice de avaliação negativo na área chegou a ficar em 44%, após subir 11 pontos em quatro meses, em meio a eventos como as enchentes do ano passado no Rio Grande do Sul e queimadas na Amazônia e no Pantanal.
A recente saída de Nísia Trindade do Ministério da Saúde, pasta agora ocupada por Alexandre Padilha (PT), não alterou a percepção sobre a atuação federal na área. Não houve variação fora da margem de erro, mas a visão negativa segue em tendência de alta. São 46% os que classificam a gestão como ruim ou péssima (eram 44%), contra 25% que a avaliam positivamente (eram 26%). (Estadão Conteúdo e jornal O Globo)