O Instituto Butantan anunciou nessa quarta-feira (3) a liberação de mais 900 mil doses da vacina CoronaVac, contra a covid-19, ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.
Desde o dia 23 de fevereiro, o Butantan afirma que já disponibilizou 4,6 milhões de novas doses do imunizante ao governo federal, para distribuição no país.
Com isso, o total de vacinas disponibilizadas ao PNI chegaram a 14,45 milhões desde o início das entregas, em 17 de janeiro, diz o governo de São Paulo.
As doses enviadas em fevereiro fazem parte do lote de imunizantes envasados no Butantan com o insumo farmacêutico ativo (IFA), enviado pelo laboratório chinês Sinovac Life Science.
O Instituto afirma que vem realizando uma força-tarefa para seguir envasando, em ritmo acelerado, novas doses da CoronaVac para a entrega ao PNI. Uma das ações dessa força-tarefa foi dobrar seu quadro de funcionários na linha de envase para atender a urgência necessária para o momento.
“Até o final de março serão entregues 21 milhões de doses da vacina e, até 30 de abril o número de vacinas disponibilizadas ao PNI somará 46 milhões. O Butantan ainda trabalha para entregar outras 54 milhões de doses para vacinação dos brasileiros até 30 de agosto”, disse o comunicado oficial do instituto.
Distribuição
Mais 2,5 milhões de doses da vacina CoronaVac foram enviadas a todos os Estados e ao Distrito Federal nessa quarta, informou o Ministério da Saúde.
Segundo a pasta, o novo lote é destinado a “vacinar o restante dos trabalhadores da saúde, indígenas do Estado do Amazonas e pessoas de 80 a 84 anos”.
A nova remessa corresponde à entrega de duas doses. Sendo assim, os Estados e municípios precisam reservar a segunda dose da CoronaVac para garantir que ela seja aplicada de 2 a 4 semanas depois da primeira.
Doses adicionais
O Instituto Butantan concordou em vender um lote adicional de 30 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde e também já encomendou à companhia chinesa 20 milhões de doses a mais que serão usadas somente no Estado de São Paulo, disse o presidente do instituto, Dimas Covas.
Sobre a venda do lote adicional ao ministério, Covas afirmou que falta apenas a formalização do contrato, já que o Butantan quer alterar o acordo em relação aos documentos anteriores que já garantiram a venda de 100 milhões de doses da CoronaVac à pasta, a serem entregues até agosto.
“Com relação a essas 30 milhões de doses adicionais, já houve a concordância que o Butantan vai fornecer e neste momento estamos trabalhando na questão dos contratos. Houve uma solicitação por parte do Butantan que houvesse uma modificação na forma das exigências do contrato, e isso está em andamento”, disse Covas durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.