Em seu site oficial, o Inter dedicou amplo espaço aos falecimentos de dois ex-atacantes que vestiram a camisa colorada na década de 1970: Mica, 60 anos, e Pedrinho Cyborg, 65. “Eles honraram as cores do Clube do Povo”, ressalta a nota de pesar postada nesse fim-de-semana, com direito a fotos e detalhes de ambas as trajetórias.
Gaúcho de Tupanciretã, Dalmir Estigarribia, o “Mica”, faleceu no dia 24 de junho, vítima de um ataque cardíaco fulminante enquanto trabalhava em um treinamento da categoria Sub-17 do Iguaçu, clube de União da Vitória (PR), onde morava. Revelado pelo Inter, ele estava no time que conquistou a Copa São Paulo de Juniores em 1978.
Na mesma temporada sagrou-se Campeão Gaúcho com os profissionais. Também integrou o elenco que chegou ao tricampeonato brasileiro invicto em 1979 e permaneceu no Inter até o ano seguinte. Exímio cobrador de faltas, jogou no Criciúma-SC em 1981-1982, antes do Inter de Lages-SC, Sampaio Correia-MA, Figueirense-SC, Hercílio Luz-SC e Iguaçu-PR.
Superação
Já o lajeadense Pedro Simeão, o “Pedrinho Cyborg”, não resistiu a uma pneumonia, no dia 19. Ponteiro-direito “prata-da-casa”, era figura constante em Seleções Brasileiras de base, disputando competições internacionais como os Jogos Olímpicos de Munique, na Alemanha (1972).
Com os profissionais do Colorado, recebeu as faixas do Gauchão de 1973 a 1976, ano em que também esteve no plantel bicampeão nacional. O apelido, inspirado em uma famosa série de TV, surgiu após receber próteses de platina na perna direita, devido a uma fratura sofrida em 1974.
Símbolo de superação, ele deixou o estádio Beira-Rio em 1978 para defender o América de São José do Rio Preto-SP. Na sequência, atuou pelo Atlético-MG, Coritiba-PR, Vasco-RJ, Bangu-RJ e Avaí-SC, onde encerrou a carreira.