Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 10 de novembro de 2017
Os brasileiros investiram cerca de US$ 8 bilhões (R$ 26 bilhões) em ativos em carteira em outros países entre janeiro e setembro deste ano, de acordo com o Banco Central.
A cifra é diferente dos últimos anos: em 2016, os saques superaram os depósitos em US$ 400 milhões, e no ano anterior, em US$ 100 milhões.
A reversão se deve à queda das taxas de juros, segundo Luiz Fernando Castelli, economista da GO Associados.
“As políticas monetárias estão em ciclos diferentes. Aqui é de diminuição de juros, e em outros países, depois de anos de taxas baixas, até negativas, a perspectiva é de alta.”
A remuneração no exterior pode até ser próxima da brasileira, mas fora do País não há risco de volatilidade por causa das eleições do ano que vem, diz Silvio Campos Neto, analista da Tendências.
“Lá fora não há opções tão melhores, mas o pleito aqui tem alto potencial de afetar preços de carteiras de ativos.”
Buscar remuneração em outros mercados já era a recomendação que os economistas do BTG Pactual faziam aos clientes, mas a circunstância reforçou a tendência, diz Enio Shinohara, sócio do banco.
“Nós os aconselhamos a manter um montante de 20% a 30% em ativos líquidos [com possibilidade de venda rápida] no exterior.”
Os investimentos em outros países são mais diversificados que no Brasil, e há chances de ganho em fundos de venture capital ou de hedge. As oportunidades de ganhos não se restringem a renda fixa ou mesmo ações na Bolsa.