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O IPO da JBS

O presidente da República, Michel Temer, foi gravado. (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

A revelação de que Joesley Batista, dono da JBS, gravou o presidente da República, Michel Temer, com autorização da Justiça, explode a República que começava a respirar após o impeachment de Dilma Rousseff. Agora, é Temer que entra na fila por suposta obstrução de Justiça ao avalizar pagamentos para ‘calar’ Eduardo Cunha. Ainda há o caso de Rocha Loures, principal assessor de Temer, que foi filmado pela PF recebendo mala de R$ 500 mil. Os irmãos Batistas, bem orientados por advogados, decidiram pela delação premiada numa estratégia para salvar o seu grupo empresarial. A JF Holding está prestes a fazer IPO na Bolsa de Nova York e eles já tratam com a Justiça americana limpar o nome da empresa para seguir em frente.

Receio

Apesar do otimismo, a base do Governo não esconde a preocupação. “Estamos avançando, mas não consigo afirmar se passa”, diz um deputado do PSDB.

Na pizza

Clima tenso no Senado com a tramitação da reforma trabalhista, e o senador Requião (PMDB-PR) anuncia no Twitter que partiu para a Itália, como membro da Eurolat.

Terceirização

Filiado ao PT, o advogado Eliazer Medeiros, terceiro na lista para o TRT do Paraná, tem lobby do deputado Giácobo (PR) junto ao presidente Temer para a nomeação.

Memória pré-cela

Marcelo Odebrecht se preparava desde janeiro de 2015 para sua prisão – que ocorreu cinco meses depois. Em 20 de fevereiro de 2015, a Coluna citou a ‘reunião do fim do mundo’ que ocorreu na cúpula da Odebrecht, na qual Marcelo orientou os diretores sobre o que deveriam fazer em caso de sua prisão. Agora, delator confirmou a reunião.

Recado de ex

Do ex-ministro e agora prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT): “A crise econômica atinge diretamente os municípios e por isso o Governo deveria retomar os investimentos em programas como o Minha Casa Minha Vida, o PAC Saneamento e da Infraestrutura”

Sinal amarelo

O Sindicato dos Bancários prepara paralisações contra o que chama de “plano de privatização do Governo Temer”. O movimento se intensificou após o balanço divulgado pelo Banco do Brasil que confirmou o fechamento de mais de 500 agências.

A conferir

“Temer quer privatizar o BB. Para isso, restringe o atendimento e precariza as condições de trabalho dos bancários”, afirma o diretor do Sindicato, Rafael Zanon.

Sem jabá

Prefeitos da XX Marcha em Brasília ganharam uma pesada sacola estilizada da Confederação Nacional dos Municípios. Nos hotéis, reclamaram que só havia papel.

Válvula de escape

Enquanto clima é quente no STF e TSE, o ministro Gilmar Mendes arruma tempo para propagandear curso de mestrado em administração pública do seu IDP. Folder tem sua foto ao lado dos outros professores contratados: senadores Anastasia (PSDB-MG) e Jorge Viana (PT-AC).

Marketing

As aulas serão aos sábados e o folder traz frases de efeito como “Corpo docente de alta qualificação acadêmica e experiência profissional”.

Baixa adesão

Depois de o ex-diretor do DNIT, Luiz Antonio Pagot, aparecer em novas denúncias de recebimento de propina da Odebrecht, o órgão decidiu aderir ao Programa de Fomento à Integridade Pública do Ministério da Transparência. Na Esplanada, apenas cinco ministérios aderiram ao programa criado em abril de 2016.

Lulou

Presidente da Comissão de Investigação da ONU sobre a Síria e ex-chefe da Secretaria de Estado de Direitos Humanos no Governo FHC, Paulo Sérgio Pinheiro alia-se à aposição em duras críticas ao governo de Temer.

Lulou 2

“Estamos vivendo no Brasil uma escalada autoritária. Depois do fechamento do Instituto Lula (já reaberto) não há absolutamente nenhuma dúvida”, diz Paulo Sérgio

Salve, Venezuela

Regressa ao Brasil dia 22 a ‘bandeira abaixo-assinado’ do MERCOSUL, trazida pelo jornalista venezuelano Carlos Javier, autor do livro “Testemunhos da Repressão”.

Com Walmor Parente (DF), Tadeu Pinto (DF), Beth Paiva (RJ) e Henrique Barbosa (PE)

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