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Brasil O maior doleiro do Brasil faz delação premiada e promete devolver 1 bilhão de reais aos cofres públicos

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Messer foi condenado a 13 anos e quatro meses por crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. (Foto: Divulgação)

A Justiça Federal no Rio de Janeiro homologou um acordo de delação premiada com Dario Messer, o “doleiro dos doleiro”. Segundo informações divulgadas pelo Ministério Público Federal (MPF), Messer se comprometeu a devolver R$ 1 bilhão aos cofres públicos.

Messer é réu em processos da Operaçã0 Lava-Jato no Rio por esquemas nacionais e transnacionais de lavagem de dinheiro, além de outros crimes. De acordo com o MPF, o acordo com Messer é em “escala inédita” na Justiça brasileira.

Homologado pelas 2ª e a 7ª Varas Federais Criminais do Rio, o acordo – segundo avaliação da Força-tarefa da Lava-Jato no Estado – permitirá a coleta de provas para investigações em andamento.

A Lava-Jato informou que Messer já teve depoimentos juntados aos autos de processos associados a três investigações:

– “Câmbio, desligo”, sobre esquema de lavagem de dinheiro a partir do Uruguai e que movimentou mais de US$ 1,6 bilhão;

– “Marakata”, sobre transações de dólar-cabo para lavar dinheiro em contrabando de esmeraldas;

– “Patrón”, sobre o braço no Paraguai da organização transnacional de lavagem de dinheiro liderada por Messer.

O combinado é que Messer deverá cumprir pena de até 18 anos e 9 meses de prisão, com progressão de regime prevista em lei – o regime inicial é o fechado.

Outra cláusula prevê a renúncia, em favor dos cofres públicos, de mais de 99% do patrimônio do doleiro, estimado em cerca de R$ 1 bilhão.

Os bens incluem imóveis de alto padrão e valores no Brasil e no exterior, além de obras de arte e um patrimônio no Paraguai ligado a atividades agropecuárias e imobiliárias, que deverão fundamentar um pedido de cooperação com as autoridades paraguaias para sua partilha com o Brasil.

Investigado desde os anos 1980

Antes de ser preso em julho do ano passado, Messer esteve no radar da Polícia Federal (PF) por cerca de 30 anos, sendo citado em inquéritos policiais desde o fim dos anos 1980.

Já naquela época, o doleiro aparecia como operador de personalidades como o então patrono da Escola de Samba Salgueiro, Waldomiro Paes Garcia, o Miro.

Há 15 anos, a Comissão Parlamentar de Inquérito do Banestado também esbarrou em Messer. Na ocasião, foi descoberta uma movimentação de forma irregular de R$ 8 bilhões, entre 1996 e 2002 ligada ao doleiro. Messer chegou a ser indiciado, mas não foi preso.

No Mensalão, a PF apontou o doleiro como o responsável por enviar US$ 1 bilhão de forma irregular para o exterior e depositar o valor equivalente em reais em contas para integrantes do PT no Banco Rural.

Dario Messer também apareceu no caso Swissleaks como proprietário de uma offshore no Panamá.

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