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Brasil O médico vereador do Rio preso pela morte do menino Henry, de 4 anos, tem histórico de agressões a ex-namoradas

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A defesa do vereador disse que a atitude da mãe do menino Enzo em denunciar as agressões é inverossímil. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro apura três casos de agressões por parte do médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade).

A primeira é Ana Carolina Ferreira Netto, mãe de dois dos três filhos de Jairinho. Em junho de 2020, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu à 16ª DP (Barra da Tijuca) para apurar supostas agressões do vereador contra a ex-mulher Ana Carolina Ferreira Netto, mãe de dois dos três filhos dele.

Em janeiro de 2014, ela foi à delegacia e relatou que fora agredida pelo parlamentar no apartamento do então casal na Barra da Tijuca, zona este do Rio, por socos e pontapés, no dia 29 de dezembro de 2013, conforme registro de ocorrência.

Em nota, o Ministério Público alegou que “o inquérito corre sob sigilo, motivo pelo qual não é possível informações no momento”. Ana Carolina Ferreira Netto deve prestar depoimento no caso Henry Borel nos próximos dias.

A segunda é ex-namorada de Jairinho, mãe de uma menina, atualmente, com 12 anos. Ela é uma cabelereira, que se relacionou com o político do Rio entre 2010 e 2013, entrou em contato com Leniel Borel de Almeida Jr., pai de Henry, pelas redes sociais, para contar o que havia se passado com a filha dela.

A mulher disse ter sido negligente quanto a possíveis agressões que a filha teria sofrido e alegou que, na época, teve medo de denunciar. “Passei os piores dias da minha vida com ele. Atualmente não consigo olhar no olho da minha filha por tudo o que ele fez e eu não vi. Não percebi. Ela tinha a idade do seu pequeno, 4 anos, eu me culpo todos os dias da minha vida”, escreveu.

Durante mais de dois anos, contou que ela, o político arranjava pretextos para sair sozinho com a menina, então com 4 anos. Aos poucos, a garota foi soltando que ele “torcia seus braços e pernas e lhe dava cascudos”.

Em depoimento na 16ª DP, a ex-namorada do vereador disse que a menina “ficava nervosa, chorava e até vomitava ao vê-lo”. A criança chegou a contar para a avó materna que apanhava do parlamentar.

A mulher contou ainda que, em uma ocasião em que viajou com Dr. Jairinho e a filha, ele lhe ofereceu remédios para dormir, mas ela colocou o comprimido embaixo do travesseiro. Ao chegar à sala do apartamento, em Mangaratiba, disse ter encontrado o vereador segurando a menina, muito assustada, pelos braços.

A ex-namorada relatou também que, em um episódio, a criança teria contado à mãe que teria tido a cabeça afundada por Jairinho em uma piscina. E que chegou a tal ponto que, em determinado momento, a filha não queria mais ficar com ela quando estava em companhia do médico e político.

A terceira é a mãe de um menino, que teria se relacionado com Jairinho entre 2014 e 2016. Ela ainda teria contato com o vereador e, segundo a polícia, teria recebido um telefonema dele horas depois da morte de Henry, e na conversa, nenhuma palavra teria sido dita sobre a tragédia.

Uma amiga dessa ex-namorada de Jairinho teria contado à imprensa que conhece o filho da amiga desde o nascimento e que o comportamento do menino havia mudado com a convivência do vereador do Rio.

A mulher chegou a contar que Jairinho tentou dopar a amiga em um hotel e que quando ela acordou, “grogue e deparou com o menino chorando e o namorado o forçando a tomar banho de banheira”.

Ela também conta ter visto diversas vezes o garoto “chorando e tremendo” só de ouvir o nome de vereador.

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