Terça-feira, 22 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 8 de janeiro de 2020
Uma pesquisa divulgada nessa quarta-feira pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) aponta que houve um recuo de 2,1 pontos no chamado “índice de medo do desemprego”, na comparação entre os trimestres encerrados em setembro e dezembro de 2019. Com o recuo, o índice ficou em 56,1 pontos no último mês do ano. Apesar da queda, permanece acima da média histórica (50,1).
A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro. O índice varia de zero a cem pontos. Quanto menor o indicador, menor é o medo do desemprego.
De acordo com a CNI, o resultado apurado em dezembro de 2019 também ficou acima do observado no mesmo mês de 2018, quando o índice foi de 55 pontos. Na variação ao longo do ano, o índice de medo de desemprego apresentou um aumento de 4,3 pontos no primeiro semestre de 2019. No segundo semestre, o indicador se recuperou e acumulou uma alta de 3,2 pontos até o fim do ano.
“O medo do desemprego permanece mais elevado entre os brasileiros com renda familiar de até um salário-mínimo”, constatou a CNI. “Nessa faixa de renda, o indicador subiu 0,9 ponto em relação a setembro e atingiu 69,7 pontos em dezembro, muito acima dos 37,4 pontos verificados entre as pessoas que recebem mais de cinco salários mínimos.”
Esse temor também é maior entre as mulheres. A diferença em relação aos homens alcançou, em dezembro, o maior patamar desde março de 2005. Isso ocorreu porque, entre as mulheres, o índice aumentou 0,6 ponto frente a setembro e passou para 63,2 pontos em dezembro. Já entre os brasileiros do sexo masculino, o indicador caiu 5 pontos e recuou para 48,5 pontos, mostra a pesquisa.
Satisfação com a vida
O levantamento mostra, ainda, que os brasileiros estão menos satisfeitos com a vida. Em dezembro, a pesquisa apurou que o índice de satisfação com a vida caiu 0,7 ponto em relação a setembro e ficou em 68,3 pontos no mês passado. Ainda assim, o índice se encontra abaixo da média histórica, que é de 69,6 pontos.
Quem tem maior renda familiar e maior nível de instrução apresentou maior índice nesse quesito, conforme a CNI: “Entre os brasileiros com educação superior, o indicador alcançou 70,5 pontos, muito acima dos 65,3 pontos registrados entre aqueles que têm até a quarta série do ensino fundamental. Entre os que renda familiar superior a cinco salários mínimos, o índice ficou em 73,1 pontos em dezembro, 8,6 pontos acima dos 64,5 pontos registrados entre os que tem renda familiar de até um salário mínimo”.