Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 25 de fevereiro de 2018
O mercado brasileiro de luxo sofreu os reflexos da recessão no País e encerrou o ano de 2017 com uma queda de 8,5%, para 22,5 bilhões de reais, o equivalente a 6,68 bilhões de dólares. Com esse desempenho, o País perdeu duas posições no mercado global de luxo, baixando para a 22ª colocação.
O Brasil foi ultrapassado pela Índia, que teve crescimento de 17,7 %, para 7,56 bilhões de dólares. O México, com avanço de 10,8%, para 7,07 bilhões de dólares, subiu um degrau e também deixou o Brasil para trás.
Elton Morimitsu, analista sênior da Euromonitor International e responsável pela pesquisa no Brasil, disse ao jornal Valor Econômico, que o principal fator para a queda no mercado brasileiro de luxo foi a perda de confiança dos consumidores. “A classe rica não teve nada tão trágico que motivasse a redução do consumo. Mas esse público foi contaminado pelo ambiente negativo e passou a fazer menos extravagâncias”, afirmou.
O analista citou a queda no consumo de bebidas de luxo, com redução da realização de grandes festas e de atitudes de ostentação em baladas. A categoria de carros de luxo também apresentou retração nas vendas, acima da média do mercado brasileiro de luxo.
As categorias de vestuário, calçados e artigos de couro tiveram desempenho acima da média no período.
O ranking da Euromonitor considera apenas vendas de marcas globais de luxo de moda, calçados, óculos,
produtos em couro, bebidas, carros, hotéis, eletrônicos, joias, relógios, canetas e lapiseiras, e produtos de
beleza de luxo.
Iates, aviões, helicópteros e cruzeiros de luxo não entram no cálculo.