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Brasil O mercado financeiro reduziu a estimativa para o crescimento da economia brasileira neste ano pela oitava semana seguida

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Em relação ao terceiro trimestre de 2017, o crescimento foi de 1,3%. (Foto: Divulgação)

Economistas de instituições financeiras reduziram, pela oitava semana seguida, a previsão para o crescimento da economia brasileira em 2018, aponta o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (25) pelo BC (Banco Central).

Na semana passada, a previsão dos economistas para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano estava em 1,76%. Agora, caiu para 1,55%. Há um mês, a estimativa do mercado para o crescimento da economia estava em 2,37%.

As previsões econômicas para 2018 pioraram principalmente após a greve dos caminhoneiros. A avaliação do mercado é de que a greve vai impactar tanto no crescimento econômico quanto na inflação. Durante a greve, e nos dias seguintes a ela, o País sofreu com o desabastecimento e com a alta no preço de vários produtos, entre eles combustível, gás de cozinha e alimentos.

Em 2017, o PIB cresceu 1% e encerrou a maior recessão da história do País. A expectativa dos analistas para a expansão da economia em 2019 também recuou, de 2,70% para 2,60%. Essa foi a terceira redução seguida.

Inflação

Já a previsão do mercado financeiro para a inflação em 2018 avançou de 3,88% para 4%. Essa foi a sexta alta seguida do indicador. O percentual esperado pelos analistas continua abaixo da meta central de inflação que o Banco Central precisa perseguir neste ano, que é de 4,5%, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema – a meta terá sido cumprida pelo BC se o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficar entre 3% e 6%.

Para 2019, o mercado financeiro manteve a sua expectativa de inflação em 4,10%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.

Taxa de juros

Os analistas do mercado financeiro mantiveram em 6,50% ao ano a sua previsão para a Selic (taxa básica de juros da economia) ao final de 2018. Como a Selic se encontra em 6,50% ao ano, significa que o mercado estima que a taxa ficará estável até o final do ano. Para o fim de 2019, a previsão do mercado financeiro para a Selic continua em 8% ao ano. Desse modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.

Câmbio 

De acordo com o Boletim Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,63 para R$ 3,65 por dólar. Para o fechamento de 2019, a previsão para o dólar permaneceu em R$ 3,60.

Os analistas reduziram um pouco, de US$ 58,34 bilhões para US$ 57,31 bilhões, a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2018. O superávit ocorre quando as exportações superam as importações.

Apesar da queda, o resultado é melhor do que o previsto há um mês: superávit de US$ 57,15 bilhões. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit caiu de US$ 49,8 bilhões para US$ 49,7 bilhões.

A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2018 subiu de US$ 70 bilhões para US$ 70,5 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas aumentou de US$ 76,60 bilhões para US$ 78,30 bilhões.

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