Os economistas do mercado financeiro baixaram a expectativa de inflação para este ano e para 2019, ao mesmo tempo em que também passaram a estimar um crescimento menor da economia no ano que vem.
As estimativas constam no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (24) pelo BC (Banco Central). Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do País, o mercado financeiro reduziu a previsão de 3,71% para 3,69% neste ano.
A expectativa do mercado segue abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida se o IPCA ficar entre 3% e 6% em 2018.
A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a Selic (a taxa básica de juros da economia). Para 2019, os economistas das instituições financeiras diminuíram a sua expectativa de inflação de 4,07% para 4,03%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
PIB
Para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, a previsão do mercado financeiro permaneceu em 1,30%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado financeiro para a expansão da economia recuou de 2,55% para 2,53%. Os economistas dos bancos também não alteraram a previsão de expansão da economia para 2020 e para 2021, que continuou em 2,5%.
Taxa de juros
O mercado baixou de 7,50% para 7,25% ao ano a sua previsão para a taxa de juros no fim do ano que vem. Atualmente, os juros básicos da economia estão em 6,50% ao ano, na mínima histórica. Com isso, os analistas seguem prevendo alta dos juros no próximo ano.
Dólar
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,83 para R$ 3,85 por dólar. Para o fechamento de 2019, continuou R$ 3,80 por dólar.
Balança comercial
Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2018 caiu de US$ 58 bilhões para US$ 57,75 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit subiu de US$ 52,8 bilhões para US$ 53,4 bilhões.
Investimento estrangeiro
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, subiu de US$ 72 bilhões para US$ 74 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas recuou de US$ 80 bilhões para US$ 78,4 bilhões.