Terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de setembro de 2018
Os economistas do mercado financeiro reduziram de 1,47% para 1,44% a sua estimativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2018. A expectativa consta no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (03) pelo BC (Banco Central).
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia. Para o ano que vem, a expectativa do mercado para a expansão da economia continuou em 2,5%. Os economistas dos bancos não alteraram a previsão do PIB para 2019, 2020 e 2021, que continuou em 2,5% para todos estes anos.
Na semana passada, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o PIB brasileiro cresceu 0,2% no segundo trimestre de 2018 na comparação com os três meses anteriores. O resultado foi sustentado pelo setor de serviços e pressionado por forte queda da indústria e dos investimentos, reforçando a leitura de perda de ritmo e recuperação ainda mais lenta da economia brasileira.
Inflação
Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do País, os economistas do mercado financeiro reduziram a sua estimativa de 4,17% para 4,16% neste ano.
Com isso, a expectativa do mercado segue abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida se o IPCA ficar entre 3% e 6% em 2018.
A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a Selic (taxa básica de juros da economia). Para 2019, os economistas das instituições financeiras baixaram a sua estimativa de inflação de 4,12% para 4,11%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
Taxa de juros
O mercado manteve estável em 6,50% ao ano a sua estimativa para a taxa básica de juros da economia no final de 2018 – atual patamar e piso histórico. Para o fim de 2019, a expectativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Desse modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.
Dólar
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 avançou de R$ 3,75 para R$ 3,80 por dólar. Para o fechamento de 2019, ficou estável em R$ 3,70 por dólar.
Balança comercial
Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2018 recuou de US$ 55,7 bilhões para US$ 55 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit recuou de US$ 49,8 bilhões para US$ 47,1 bilhões.
Investimentos estrangeiros
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2018 permaneceu estável em US$ 67 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas ficou inalterada em US$ 74 bilhões.