O Ministério da Saúde atualizou a situação do coronavírus no Brasil nesta quinta-feira (19). Durante a coletiva da tarde, a pasta confirmou 621 casos e seis óbitos, embora uma nova morte em São Paulo eleve o número para sete. O ministério também afirmou que Porto Alegre já tem transmissão comunitária de coronavírus. No Rio Grande do Sul o total são de 38 casos confirmados.
Exames
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, afirmou que a partir desta quinta, todos os Estados estão capacitados para realizar uma capacidade mensal de 40 mil exames/mês, em toda a rede. “Mas estamos ampliando, colocado mais máquinas e automatizando da rede nacional de laboratórios”, explica o secretário.
“Nós já temos automação no Instituto Adolfo Lutz (SP), no Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) do Rio de Janeiro e em Santa Catarina. Também colocaremos uma máquina no Lacen do Pará, na próxima semana, para aumentar a capacidade de processamento de dados”, completa Wanderson.
Números de casos
Segundo o ministro Luiz Henrique Mandetta, o sistema não estava dimensionado para a quantidade de acessos que o coronavírus demanda, mas que os números serão reais.
“Por mais duro que seja, o Brasil vai trabalhar com números VERDADEIROS. O mais próximo do que está acontecendo. O sistema não estava dimensionado para a quantidade de acessos de uma vez”, disse o ministro.
O ministro relatou conversa que teve com o presidente Jair Bolsonaro. “Hoje, o presidente me colocou a questão: são 50 milhões de pessoas no sistema de saúde suplementar. É preciso que eles garantam o atendimento, porque, se eles não garantem, essas pessoas vêm para o SUS”, afirmou.
Secretarias estaduais
O ministro falou sobre as informações que cada Estado deverá prestar.
“Falaremos com todos os secretários estaduais de saúde e cada um vai ter que dizer o que está acontecendo e quais são as providências”, explicou o ministro.
Nova orientação para casos de gripe
Após a triagem, os casos leves de gripe devem ficar 14 dias em isolamento domiciliar. Haverá monitoramento a cada dois dias presencialmente pela equipe de enfermeiros, agentes comunitários ou por telefone dependendo da organização local.