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O Ministério da Saúde criará uma secretaria especial de combate à pandemia

Ministro Queiroga mencionou morte de adolescente, mas autoridades já descartaram relação entre o óbito e o imunizante. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta quarta-feira (24) a criação de uma secretaria específica no ministério para discutir medidas de combate à covid-19. Segundo Queiroga, o presidente Jair Bolsonaro lhe deu “absoluta autonomia” para montar a equipe da pasta.

Queiroga deu as declarações ao conceder uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto, da qual também participaram os ministros Fernando Azevedo (Defesa), Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e Fábio Faria (Comunicações).

“O senhor presidente da República me deu absoluta autonomia para indicar o secretariado do Ministério da Saúde. E eu o fiz buscando as melhores pessoas para que tenhamos maior sucesso na concretude das políticas públicas”, declarou Queiroga no Planalto.

“Nós estamos agora com um firme propósito, e essa é uma providência do momento, de instituir uma secretaria especial para o combate à pandemia de covid-19. Essa secretaria vai cuidar somente da pandemia, porque sabemos que, além da pandemia, as pessoas continuam tendo outros males”, acrescentou o ministro.

Na mesma entrevista, Queiroga afirmou que a meta é vacinar 1 milhão de pessoas por dia a “curto prazo”.

Segundo o consórcio de veículos de imprensa, com base em dados das secretarias estaduais de Saúde, 6,32% da população foi vacinada até as 20h desta quarta (24). Ao todo, 13,3 milhões de pessoas receberam a primeira dose até agora.

Durante a entrevista, o ministro anunciou o novo secretário-executivo da pasta, Rodrigo Castro (funcionário de carreira do Ministério da Saúde), e o novo secretário de Atenção à Saúde do ministério, Sérgio Okane (diretor-executivo do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo).

“Voto de confiança”

Queiroga ainda aproveitou a entrevista para pedir um “voto de confiança” da imprensa.

“Conto com a apoio de vocês. Eu queria pedir a vocês da imprensa, que nós sabemos a importância que vocês têm no regime democrático, para nos dar um voto de confiança, para que a gente possa trabalhar juntos pelo Brasil e assim consigamos vencer essa pandemia”, declarou.

“Vamos trabalhar forte. E vocês devem nos criticar. Não há problema. As críticas de vocês nos ajudam. Eu já falei que sou católico e sou devoto de Santo Agostinho. Prefiro os que me criticam do que os me bajulam. Os que criticam me dizem a verdade e os que me bajulam querem me corromper. Então, vamos trabalhar aqui em harmonia”, completou.

Comitê

Mais cedo nesta quarta, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com chefes de poderes, ministros e governadores.

Após o encontro, anunciou a criação de um comitê com o Congresso Nacional para discutir medidas contra a covid.

A reunião aconteceu no pior momento da pandemia no Brasil. Na terça (23), o País atingiu recorde de mais de 3 mil mortes registradas em 24 horas. E nesta quarta, o Brasil ultrapassou a marca de 300 mil vidas perdidas pela covid.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que vê com “grande preocupação” a situação do Brasil, o País é o segundo em maior número mortes, atrás somente dos Estados Unidos.

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