Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de janeiro de 2021
O balanço divulgado nesse sábado (23) pelo Ministério da Saúde registra 62.334 novos casos de coronavírus confirmados no país. São 8.816.254 infectados desde o início da pandemia. Foram registradas 1.202 mortes, totalizando 216.445 óbitos. Segundo a pasta, 7.628.438 pessoas (86,5%) se recuperaram do coronavírus.
O estado de São Paulo se mantém com o maior número de casos e chegou a 1.694.355 pessoas contaminadas, seguidos por Minas Gerais (686.682) e Bahia (562.466). Já o Acre tem o menor número de casos (46.239), seguido por Roraima (72.127) e Amapá (75.054).
Só os Estados Unidos têm mais vítimas que o Brasil. Eram 427.098 mortos até as 20h desse sábado, segundo o monitor Worldometer. O número de mortos no Brasil também é elevado na comparação proporcional. São 1.022 mortes por milhão de habitantes segundo cruzamento de dados do Ministério da Saúde com a última estimativa populacional divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A taxa coloca o Brasil na 23ª posição do ranking mundial. Em 31 de outubro, ocupava o 4º lugar. A Bélgica é o país em que a covid-19 mais mata em relação ao tamanho da população. São 1.780 mortes por milhão de habitantes.
Pfizer
O Ministério da Saúde divulgou uma nota em que confirma o recebimento, em setembro do ano passado, de uma carta do diretor-executivo global da farmacêutica Pfizer, Albert Bourla, oferecendo a venda de doses da vacina contra a Covid-19 fabricadas pela empresa. O diretor enviou o documento ao presidente Jair Bolsonaro e a alguns ministros.
Na carta, publicada pela CNN Brasil, a Pfizer diz que quer fazer “todos os esforços” para garantir reserva de lotes da vacina ao Brasil mas que, para isso, seria necessário “celeridade” por conta do número limitado de doses.
Na nota, o Ministério da Saúde afirma que os lotes iniciais da farmacêutica, caso fossem cedidos ao Brasil, representariam uma “conquista de marketing” da Pfizer e uma “frustração” aos brasileiros devido ao pequeno número de doses.
Para a governo, a empresa estabeleceu cláusulas “abusivas” de contrato e “barreiras” de negociação e compra. Segundo o ministério, a Pfizer pediu que o Brasil renuncie à soberania de ativos no exterior como garantia de pagamento pelas doses da vacina.
Entre outras dificuldades apontadas pelo governo brasileiro, estão pedidos de isenção da Pfizer em caso de efeitos colaterais da vacina e de não punição em caso de atraso na entrega das doses.
O ministério disse que a Pfizer tenta desconstruir o trabalho de imunização que já acontece no Brasil com as vacinas do Butantan/Sinovac e da AstraZeneca/Oxford. E que, em nenhum momento, fechou as portas para a farmacêutica. A Pfizer disse que não vai comentar a nota do ministério.