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O Ministério das Relações Exteriores da França adotou dois gatos para tentar acabar com uma invasão de ratos em sua sede

Iniciativa foi motivada pela ineficácia de outros métodos adotados anteriormente no local. (Foto: Reprodução)

O Ministério das Relações Exteriores da França adotou recentemente dois gatos para tentar solucionar a atual infestação de ratos em seu edifício-sede, informou nessa terça-feira a emissora de TV “France Info”.

De acordo com especialistas, a proliferação de roedores se estendeu também ao Ministério do Interior do país europeu, onde a vice-ministra, Jacqueline Gourault, já foi obrigada a colocar armadilhas em seu escritório. O mesmo ocorreu no escritório do secretário de Estado para as Relações com o Parlamento, Christophe Castaner.

Desde o começo do ano, a prefeitura de Paris já providenciou mais de 1,8 mil intervenções contra os ratos, sem alcançar plenamente os objetivos pretendidos. Há três meses, decidiu lançar então um novo plano perante a falta de resultados contra esses animais, especialmente visíveis nos espaços verdes do local.

A imprensa francesa questiona se os dois felinos (batizados Nomi e Noe, em homenagem ao primeiro duque da Bretanha, Nominoë) serão tão eficazes como o bichano Palmerston, “colega” britânico que já circula pelo edifício-sede do Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido e cujo nome homenageia o Lorde Palmerston (1784-1865), primeiro-ministro em duas ocasiões durante o mandato da rainha Victoria.

Eficiência não falta ao gato inglês à serviço de Sua Majestade: somente no mês de setembro, ele caçou quase 30 roedores. O Executivo britânico conta também com Larry, adotado em 2011 para essa mesma missão por autoridades de Downing Street, onde reside a primeira-ministra Theresa May.

Riscos à saúde

A presença de ratos em espaços utilizados como local de moradia, trabalho ou lazer pelos seres humanos é um fato preocupante. Esses roedores podem transmitir uma série de males à saúde dos seres humanos, incluindo doenças como a leptospirose, peste bubônica, tifo murino e hantavirose.

A leptospirose é uma doença causada por bactérias que se alojam nos rins dos ratos e são transmitidas através da urina. Quando ocorrem enchentes, o dejeto se mistura com a água e pode penetrar nos seres humanos através das mucosas ou da pele, principalmente se houver algum ferimento.

As formas de evitar o contagio é evitar o contato com água da enchente, por exemplo, ou sob suspeita de contaminação. Se o contato com a água for inevitável, o melhor jeito de se prevenir é ficar o menor tempo possível em imersão. Se a enchente inundar a casa, quando a água abaixar, será preciso desinfetar e lavar todo o ambiente e objetos que lá estavam e se algum alimento tiver tido contato com a água deverá ser jogado fora.

Já  a peste bubônica (conhecida na Antiguidade também como “peste negra”) é causada pela Yersina Pestis, é considerada uma das doenças mais antigas já encontradas. É transmitida através da pulga-do-rato. O contágio se dá por meio de picadas de pulgas contaminadas que abandonam os ratos que também podem vir a morrer da doença. Para evitar a doença é preciso evitar o contato com os roedores e erradicá-los de locais onde existem habitações.

O tifo murino, por sua vez, também é causado pela pulga do roedor, quando ela elimina as suas fezes na hora em que pica o ser humano e ele coça o local, levando assim à penetração na pele. A única forma de prevenir a doença é evitar contato com ratos e também combatê-los.

A hantavirose é uma doença transmitida por ratos que geralmente habitam áreas rurais. O contágio acontece através da aspiração da poeira de locais contaminados com urina, fezes ou saliva do rato. Para se prevenir, é bom sempre abrir a casa para que o ar circule e também recomenda-se manter tudo sempre muito limpo. Se houver mato ao redor da construção, sugere-se deixá-lo aparado, não comer frutos que tenham caído no chão e tapar qualquer tipo e buraco ou fresta onde os animais indesejáveis possam entrar.

 

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