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Ministério do Turismo afirma que não vai descontar do salário de assessor os dias em que ele ficou na prisão

(Foto: EBC)

O Ministério do Turismo afirmou, por meio de nota, que não irá descontar do salário do assessor especial Mateus Von Rondon os três dias que ele não trabalhou por estar preso temporariamente.

A pasta informou ainda que vai abrir um processo administrativo para avaliar a situação dele, mas que as suspeitas não têm relação com a atividade que o homem desempenha no ministério.

A Polícia Federal prendeu temporariamente Mateus Von Rondon na última quinta-feira (27) sob suspeita de envolvimento em um esquema de desvios de recursos do fundo partidário por meio de candidaturas-laranja do PSL de Minas Gerais. Von Rondon foi solto na segunda-feira (01). Ele não foi exonerado do cargo pelo ministro Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG). Com o cargo de assessor especial do ministro, Rondon tem remuneração bruta mensal de R$ 13.623,39.

“O Ministério do Turismo vai abrir um processo administrativo, resguardando o direito de ampla defesa e do contraditório ao servidor como determina a lei. Sobre os dias não trabalhados em virtude da prisão temporária, há precedentes do Supremo Tribunal Federal que impedem da administração pública de descontar os dias não trabalhados justificados por decisão judicial que impediu o trabalhador de exercer as suas funções”, diz a nota do Ministério do Turismo.

Ministro

Alvo de suspeitas de envolvimento no caso de candidaturas-laranja, o ministro do Turismo seguirá no cargo, afirmou na segunda-feira (1º) o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros.

Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro jamais cogitou demitir Álvaro Antônio e aguardará o encerramento das investigações para tomar decisões. “Sim, continua no cargo. Não houve em nenhum momento a suposição de tirá-lo do cargo de ministro”, respondeu aos jornalistas o porta-voz.

Rêgo Barros afirmou que o presidente da República demonstrou reconhecimento pelo trabalho que Álvaro Antônio vem desempenhando. Um encontro entre Bolsonaro e o ministro do Turismo está previsto para esta quarta (03) ou quinta-feira (04).

“Ele [o presidente] aguarda as investigações da Polícia Federal para, após analisá-las, tomar as decisões que sejam necessárias de manutenção ou não. Mas esse não é um tema que está vicejando, perpassando pelo presidente neste momento”, disse o porta-voz. A PF indiciou três assessores ligados ao ministro do Turismo.

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