Sexta-feira, 25 de abril de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O Ministério Público Federal investigará se empresários relacionados à greve dos caminhoneiros cometeram crimes previstos na Lei de Segurança Nacional

Compartilhe esta notícia:

Cartazes defendendo a intervenção militar foram exibidos por manifestantes. (Foto: Divulgação)

O MPF (Ministério Público Federal) instaurou diversos procedimentos investigatórios para apurar a violação, por parte de empresários e lideranças locais dos caminhoneiros, do Artigo 17 da Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/1983), que prevê pena de até 15 anos de prisão para quem “tentar mudar, com emprego de violência ou grave ameaça, a ordem, o regime vigente ou o Estado de Direito”.

Serão apurados também crimes como sabotagem e incitação “à subversão da ordem política ou social” e “à animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais e instituições civis”, previstos respectivamente nos Artigos 15 e 23 da lei e cujas penas, somadas, podem chegar a 14 anos de reclusão.

As ordens para os procedimentos investigatórios foram enviadas pela Câmara Criminal do Ministério Público Federal a quatro Estados – São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina – onde foram registrados atos e declarações em que indivíduos insuflam manifestantes a pedirem uma intervenção militar no País.

Nos despachos, aos quais a reportagem teve acesso, são descritas condutas de empresários, líderes de caminhoneiros e de pessoas sem nenhuma ligação com a paralisação, mas que tentam se aproveitar do movimento grevista para promover o movimento da intervenção militar.

Entre as pessoas citadas estão desde um empresário varejista do Rio Grande do Sul que autorizou o incêndio de caminhões próprios para insuflar protestos até um sargento da reserva que circula, em grupos de WhatsApp de manifestantes, com vídeos incentivando um golpe militar. Alguns indivíduos são ligados a partidos políticos.

Inquérito

O Ministério Público Federal do Espírito Santo também solicitou à PF (Polícia Federal) que instaure inquérito para apurar a prática dos mesmos crimes nos Estados, pois “após concessões feitas pelo governo federal, o movimento não se dissipou, desviando o foco com a intenção de forçar a mudança no regime político: de democracia representativa para ditadura militar, regime autocrático”, informou a Procuradoria da República capixaba.

Além desses casos, o MPF determinou que procuradores locais investiguem outros crimes federais previstos no Código Penal, como paralisar trabalho de interesse coletivo (Artigo 201), atentar contra segurança e funcionamento de serviços de utilidade pública como água e luz (Artigo 265) e desobedecer a ordem legal de funcionário público (Artigo 330). A PF já instaurou 48 inquéritos policiais para apurar esses tipos de delito.

Em referência às manifestações a favor de uma intervenção militar, a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, fez uma defesa do Estado Democrático de Direito, afirmando que, para resolver problemas sociais, “a democracia é o único caminho legítimo”.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

A Procuradoria do Município de Porto Alegre analisa a expropriação de um imóvel da Riachuelo prestes a desabar
As estradas do Rio Grande do Sul estão sem registro de bloqueios
https://www.osul.com.br/o-ministerio-publico-federal-vai-investigar-lideres-grevistas-por-tentar-mudar-regime-do-pais/ O Ministério Público Federal investigará se empresários relacionados à greve dos caminhoneiros cometeram crimes previstos na Lei de Segurança Nacional 2018-05-31
Deixe seu comentário
Pode te interessar