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Política O ministro-chefe da Casa Civil disse que cresceu muito a probabilidade do governo federal aprovar a reforma da Previdência

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Padilha esteve reunido nessa terça-feira com Temer e líderes da base do governo para discutir a situação da reforma. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nessa terça-feira que “cresceu muito a probabilidade” de o governo aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. Segundo o ministro, é possível concluir a votação da proposta em dois turnos ainda em dezembro.

As últimas semanas têm sido de intensas negociações entre o governo e aliados para tentar viabilizar a votação. A reforma é tida no Palácio do Planalto como uma das principais propostas da gestão do presidente Michel Temer para sanear as contas públicas e impulsionar a economia.

No entanto, o tema é considerado anti-popular até mesmo por parlamentares aliados, que não querem se desgastar com o público às vésperas de ano eleitoral. Por isso, o governo corre contra o tempo para tentar convencer deputados e depois senadores para votar a favor. Na Câmara, são necessários votos favoráveis de 308 dos 513 deputados para aprovar a reforma.

“Cresceu muito a probabilidade de a gente aprovar, cresceu muito. Nós estamos avaliando, é claro que não se tem facilidade, mas cresceu muito”, disse o ministro a jornalistas no Palácio do Planalto.

Padilha acompanhou a reunião entre o presidente Michel Temer e o presidente da Bolívia, Evo Morales. Depois do encontro, ele fez uma avaliação sobre o cenário para votação da reforma.

Padilha manifestou a expectativa de que sete partidos que apoiam Temer no Congresso Nacional fechem questão para que os deputados votem a favor das mudanças previdenciárias. Quando uma sigla fecha questão em torno de um tema, o parlamentar que não votar de acordo com a orientação partidária fica sujeito a punições.

Conforme o ministro, o PMDB deve fechar questão nos próximos dias. A expectativa dele é que a iniciativa puxe o apoio também do PSDB, que deve formalizar a saída da base no próximo fim de semana.

“Se os sete [partidos] fecharem questão, seguramente nós teremos do PSDB uma posição também favorável”, declarou o ministro, que não citou quais seriam as sete legendas. Os partidos aos quais Padilha se referiu são: PMDB, PTB, PP, PSD, PR, PRB e DEM.

O ministro da Casa Civil teve reunião na manhã dessa terça-feira com Temer e líderes da base do governo para discutir a situação da reforma. Ele afirmou que ainda não foram feitos mapas com os votos dos deputados para monitorar o número atualmente favorável ao texto.

Na entrevista, Padilha não arriscou placar e informou que nesta quarta-feira o Temer deve reunir líderes e ministros para mais uma reunião sobre o tema. Padilha destacou que é “possível” aprovar a reforma na Câmara ainda em 2017, deixando a análise do Senado para o próximo ano.

“É possível a aprovação na Câmara este ano, mas neste momento é impossível, pelo cronograma que está pré-estabelecido no Senado, a aprovação em dois turnos no Senado”, disse.

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