Domingo, 09 de março de 2025
Por Redação O Sul | 14 de outubro de 2024
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, embarcou na noite de domingo (13) a Pequim (China), chefiando uma missão com o objetivo de afunilar os acordos a serem anunciados pelo chefe de Estado chinês, Xi Jiping, em sua vinda ao Brasil em novembro.
Integram a comitiva o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, o diretor do Departamento de China, Rússia e Ásia Central do Itamaraty, Pedro Terra, além de um representante do BNDES.
A informação inicial era de que o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também embarcaria junto, mas ele se encontrava em São Paulo para um evento do banco Itaú e só partiria para a China posteriormente.
Há a possibilidade de que a viagem se estenda a Abu Dhabi com o mesmo objetivo. Tanto Xi quando Mohammed bin Zayed Al Nahyan, presidente dos Emirados Árabes, darão início a visitas de Estado em Brasília depois do encontro do G20 nos dias 18 e 19 de novembro no Rio. Se a viagem da comitiva brasileira se limitar a Pequim, o retorno acontecerá no dia 19. Se a viagem for estendida a Abu Dhabi, vai até o dia 22.
O programa oficial da viagem a Pequim não foi divulgado, mas a disposição dos participantes é fechar uma participação mais robusta da China em investimentos industriais, particularmente na área da transição energética e em infraestrutura, como o programa de integração transoceânica coordenado pelo Ministério do Planejamento. Ambições como uma fábrica de baterias para carros elétricos encontram mais resistências nos chineses, do que em aerogeradores (para a geração de energia eólica) ou placas solares.
E, por fim, a ida do presidente do Banco Central se dá numa tentativa de colocar a indústria de fundos de investimentos do país na rota do capital chinês.
Não é a primeira visita de Rui Costa com vistas à preparação desta viagem de Xi Jiping. O ministro esteve em Pequim em agosto. A aposta do governo é que a viagem permita destravar o PAC por meio do que se entende no Palácio do Planalto como uma “sinergia” com o “Cinturão e Rota”, o programa de infraestrutura da China, sem que seja formalizada uma adesão do Brasil a esta iniciativa. As informações são do jornal Valor Econômico.