Até agora, o governo só enviou ao Congresso a privatização da Eletrobras, que encontra resistências da sua própria base aliada. A privatização dos Correios, por exemplo, citada pelo ministro, não foi formalmente proposta.
Terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2020
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nessa quarta-feira (30) que há boatos de que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez um acordo com a esquerda para não pautar as privatizações, em resposta às críticas do deputado sobre o andamento da reforma tributária. Maia rebateu, e disse que Guedes está “desequilibrado”.
O titular do Ministério da Economia falou em uma transmissão ao vivo de que haveria boatos de um acordo entre o presidente da Câmara e a esquerda para “não pautar as privatizações”.
“Não há razão para interditar as privatizações. Há boatos de que haveria acordo entre o presidente da Câmara e a esquerda para não pautar as privatizações. Precisamos retomar as privatizações, temos que seguir com as reformas e temos que pautar toda essa transformação que queremos fazer. A retomada do crescimento vem pela aceleração de investimentos em cabotagem, infraestrutura, logística, setor elétrico, das privatizações, Eletrobrás, Correios… Estamos esperando”, disse.
Depois do anúncio de que não há acordo para a reforma tributária, na última terça-feira (29), Maia usou as redes sociais para provocar Guedes.
“Por que Paulo Guedes interditou o debate da reforma tributária?”, escreveu o parlamentar.
Após a fala de Guedes, Maia disse que o ministro da Economia está “desequilibrado” e deveria assistir ao filme “A Queda”, que conta as últimas horas de Adolf Hitler à frente da Alemanha nazista.
“Paulo Guedes está desequilibrado e deveria assistir ao filme A Queda”, disse Maia.
Nessa quarta, depois de um resultado positivo na geração de empregos em agosto, Guedes apareceu de surpresa na entrevista marcada para comentar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostrou a abertura de 249.388 vagas no mês de agosto.
Até agora, o governo só enviou ao Congresso a privatização da Eletrobras, que encontra resistências da sua própria base aliada. A privatização dos Correios, por exemplo, citada pelo ministro, não foi formalmente proposta.