Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de agosto de 2020
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou os substitutos dos dois secretários especiais que pediram demissão na última terça-feira (11). A pasta optou por remanejar nomes da equipe para os cargos.
O secretário de Desenvolvimento de Infraestrutura do Ministério da Economia, Diego Mac Cord, assumirá a Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, no lugar de Salim Mattar. O atual diretor presidente do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), Caio Andrade, ocupará a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, substituindo Paulo Uebel.
Engenheiro mecânico de formação, Mac Cord especializou-se em investimentos de infraestrutura num mestrado em Administração Pública pela Universidade de Harvard. Ele tem doutorado em engenharia pela Universidade de São Paulo (USP), onde se especializou em regulação do setor elétrico. Antes de integrar a equipe econômica, foi professor e coordenador do MBA do setor elétrico da FGV Management e sócio-líder de Governo e Regulação da Infraestrutura da empresa KPMG no Brasil.
Empreendedor em tecnologia de informação, mercado imobiliário e agronegócio, Caio Andrade tem formação em Comunicação Social pela Universidade Paulista, pós-graduação em Administração e Gestão pela Harvard University e mestrado em Administração de Empresas pela Duke University. Segundo o Ministério da Economia, Andrade liderou mais de 20 processos de fusões e aquisições e é fundador e conselheiro do Instituto Fazer Acontecer, organização que promove projetos esportivos para 4 mil crianças e adolescentes no sertão baiano.
A presidência do Serpro será ocupada por Gileno Barreto, atual diretor Jurídico e de Governança e Gestão da empresa. Formado em Direito pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) e pós-graduado e mestrando em Direito Tributário Internacional, Barreto tem MBA em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas de São Paulo. Foi consultor de grandes empresas, com experiência profissional de 25 anos.
Em nota, o ministério informa que Guedes agradece o trabalho dos ex-secretários Salim Mattar e Paulo Uebel.
Segundo Guedes afirmou na terça, o motivo da demissão de Mattar seria a insatisfação dele com o ritmo das privatizações de estatais. “O que ele me disse é que é difícil privatizar”, disse. No caso de Uebel, o ministro disse que o secretário deixou o cargo pela falta de andamento da reforma administrativa.
“Hoje houve uma debandada”, afirmou. “O que ele [Mattar] me disse é que é muito difícil privatizar, que o establishment não deixa haver a privatização, que é muito difícil, muito emperrado, que tem que ter apoio mais definido, mas decisivo. O secretário Uebel, a mesma coisa. A reforma administrativa está parada, então ele reclama também que a reforma administrativa parou”, disse Guedes.
O ministro da Economia também disse que gostaria de privatizar quatro grandes empresas e citou a Eletrobras, PPSA [estatal de partilha do Pré-Sal], Correios e a Docas de Santos. “Eu, se pudesse, privatizava todas as estatais. Para privatizar todas, você tem que privatizar duas ou três, nós não conseguimos nem duas ou três. Isso é preocupante”, disse. As informações são da Agência Brasil.