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Brasil O ministro da Justiça, André Mendonça, nega interferência do governo na Polícia Federal e diz que a instituição é independente

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"Essa é a interferência: cobrar resultados, cobrar autonomia, responsabilidade", disse André Mendonça. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Justiça, André Mendonça, disse nesta sexta-feira (26) que o governo não interfere na Polícia Federal (PF). Ao apresentar um balanço das operações policiais envolvendo o tráfico de drogas, Mendonça afirmou que a pasta apenas cobra resultados do órgão.

“A Polícia Federal tem autonomia total. A minha interferência e a do governo Bolsonaro é cobrar dos senhores os resultados que a sociedade espera. Essa é a interferência: cobrar resultados, cobrar autonomia, responsabilidade”, disse.

Nesta semana, a PF foi alvo de críticas após pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para postergar ou cancelar operação contra bolsonaristas alegando risco à “estabilidade de instituições”. O PSOL chegou a apresentar um requerimento de informações sobre o assunto.

Sem fazer referência ao caso, Mendonça elogiou o trabalho que vem sendo realizado pelos agentes da PF.

“Hoje, nós vemos a Polícia Federal atuando, combatendo a corrupção, ou investigando casos de corrupção de gestões em curso. Isso é importantíssimo; é isso que vai permitir não só a prevenção para o futuro, mas também termos melhores resultados na recuperação dos valores desviados.”

Balanço

Nesta sexta, o Ministério da Justiça divulgou um balanço com os principais resultados de operações de combate ao tráfico de drogas, apreensões e venda de bens do crime organizado. Segundo os dados, de 1° de janeiro a 24 de junho, a Polícia Federal apreendeu R$ 24,3 milhões em bens do tráfico de drogas. Segundo o diretor da PF, Rolando Alexandre de Souza, a meta é chegar a R$ 1 bilhão até o fim do ano:

“Nós temos uma previsão de apreensão de bens do tráfico em torno de R$ 1 bilhão. Esse tem sido o nosso foco hoje. Entendemos que a descapitalização das organizações também tem que ser combatida. A espinha dorsal dessas organizações criminosas é a questão financeira”, afirmou.

As apreensões da PF, Polícia Rodoviária Federal e polícias civil e militar totalizaram 1,2 mil toneladas de maconha e mais de 92,5 toneladas de cocaína. Entre os Estados, o com o maior número é Mato Grosso do Sul, onde foi registrada a apreensão de 277,1 toneladas de drogas. Em seguida, aparece Minas Gerais, com 195,2 toneladas, e São Paulo, com 100,3 toneladas.

A divulgação faz parte das ações do ministério em comemoração à Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, que terminou nesta sexta-feira.

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