O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, disse nesta sexta-feira (16) que a PF (Polícia Federal) comprou equipamentos que permitem identificar a origem da disseminação de notícias falsas. Mendonça fez a afirmação durante evento em que foi apresentado um plano integrado voltado à segurança pública durante as eleições
Em entrevista após o evento, Mendonça disse que o ministério tem o papel de prevenir a proliferação das “fake news”. Ele pediu a colaboração de todos os cidadãos com a lisura do processo eleitoral. “A PF recentemente adquiriu equipamentos que permitem, em questão de um dia, talvez, identificar a origem da primeira notícia, quem foi o emissor da primeira notícia [falsa]”, destacou Mendonça.
André Mendonça anunciou o início da Operação Integrada Eleições 2020, durante encontro com o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso. Na ocasião, foi apresentado, ao presidente do TSE, o Plano Integrado de Segurança para as Eleições 2020, que ocorrerão nos dias 15 e 29 de novembro. O Plano foi construído em conjunto com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados.
O ministro André Mendonça reforçou a importância do trabalho integrado entre os órgãos de segurança pública federais e estaduais para garantir a lisura e a imparcialidade do pleito eleitoral. “O nosso papel não é ir aonde o estado tem a sua atuação, mas auxiliar e contribuir para a integração de todo sistema operacional de segurança pública, acima de tudo, auxiliando a Justiça Eleitoral”, afirmou Mendonça.
Segundo o ministério, com o auxílio da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, cada Estado elaborou uma matriz de risco e traçou medidas preventivas e corretivas para crimes como boca de urna, compra de votos e transporte irregular de eleitores, por exemplo.
“Representantes dos Ministérios, da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e dos Estados farão o acompanhamento da Operação no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, monitorando, em tempo real, possíveis ocorrências durante a realização dos dois turnos das eleições. As informações coletadas vão ajudar na produção de boletins informativos”, informou o ministério.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, elogiou o sistema de monitoramento do Ministério da Justiça e parabenizou as autoridades de segurança pública “pelas providências que estão sendo tomadas para assegurar que as eleições transcorram dentro da normalidade,” afirmou Barroso.
Durante o evento, também foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e a Polícia Federal. A PF vai atuar de maneira integrada com todas as secretarias de segurança pública do País e outros órgãos federais, estaduais e municipais envolvidos na organização e segurança das eleições.
“O Plano Estratégico elaborado pela Secretaria de Operações Integradas contempla o Processo de Atuação Integrada, previsto na Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública e estabelece diretrizes para que cada estado elabore o seu Plano Operacional, respeitando as atribuições legais de cada órgão e instituição, para garantir que a atuação das forças de segurança seja eficiente em apoio ao Tribunal Superior Eleitoral e aos Tribunais Regionais Eleitorais”, diz o Ministério da Justiça.
Ainda segundo a pasta, a “Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública foi elaborada em 2019 a partir da experiência do conceito de Comando e Controle dos grandes eventos, contando com a contribuição dos representantes da segurança pública dos estados da federação, presentes no CICCN, por meio do estudo e análise da prática de atuação operacional integrada em várias operações coordenadas pelo CICCN no ano de 2018. É uma metodologia de gestão aplicada à segurança pública e defesa social que promove atuação integrada, a sinergia de esforços e a interoperabilidade de sistemas, tendo em vista o alcance de objetivos comuns na realização de ações e operações integradas. Tal processo é desenvolvido, observando-se os ciclos de planejamento, de execução de avaliação e de consolidação”. As informações são do portal de notícias G1 e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.