Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de outubro de 2020
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o novo desafio do Sistema Único de Saúde (SUS) será atender a demanda represada pela pandemia de covid-19 e ainda dar conta dos atendimentos regulares ao longo de 2021.
“A segunda onda da pandemia não é o repique da pandemia. A segunda onda é exatamente as doenças e os tratamentos que foram interrompidos ou que não foram começados. Esse é o novo desafio do SUS”, disse o ministro da Saúde nessa quarta-feira (7).
Pazuello deu as declarações durante cerimônia de lançamento da campanha “Outubro Rosa 2020”, do Ministério da Saúde. A ação busca conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.
Sem entrar em detalhes, o ministro afirmou que a pasta está se preparando para atender a demanda represada de consultas, tratamentos e diagnósticos. “Isso vai precisar de muito empenho e vai precisar efetivamente de uma ferramenta como o SUS”, afirmou.
Eduardo Pazuello enalteceu o SUS e disse que o sistema de saúde universal do Brasil foi a grande arma no combate à covid-19 e será uma ferramenta para enfrentar o pós-pandemia.
“Eu não sabia nem o que era o SUS. Porque eu passei a minha vida sendo tratado, também em instituições públicas, mas específicas do Exército. Vim conhecer o SUS a partir deste momento da vida e compreendi a magnitude dessa ferramenta que o Brasil nos brindou. Nos brindou a todos nós. Essa ferramenta nos deu a capacidade de enfrentar a pandemia da covid-19”, afirmou.
Câncer de mama
O lançamento da campanha também contou com a presença da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, da ministra da Família, Mulheres e Direitos Humanos, Damares Alves, além da equipe do Ministério da Saúde.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o SUS realizou 1,1 milhão de mamografias de janeiro a julho de 2020. O dado mostra uma queda de 46,8% em relação ao mesmo período no ano passado, quando foram realizados 2,1 milhões de exames.
O secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Luiz Otávio Franco Duarte, culpou o isolamento social pela diminuição no número de mamografias realizadas.
“Em nenhum momento — aí eu posso falar da nossa rede federal de assistência— os nossos hospitais e nossos institutos fecharam as portas. Queria deixar isso bem claro. Talvez o efeito de uma estratégia do passado do ‘fique em casa’ possa ter, sim, prejudicado esse acesso que hoje estamos externando nesses dados. Faltou realmente uma comunicação para dizer que a assistência do acesso ao tratamento estava aberto”, disse o secretário.