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O ministro da Secretaria-Geral articula um encontro entre Bolsonaro e um candidato a procurador-geral da República

O subprocurador Mário Bonsaglia é o primeiro colocado na lista tríplice da ANPR. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O encontro que o subprocurador Mário Bonsaglia, primeiro colocado na lista tríplice da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) para o comando da PGR (Procuradoria-Geral da República), teve com o presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira (13) foi intermediado pelo ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira.

Bonsaglia foi o primeiro nome entre os selecionados pela categoria a se reunir com o presidente da República. Antes, Bolsonaro havia recebido Augusto Aras, Paulo Gonet e Lauro Cardoso, que correm por fora da lista na disputa pelo comando da PGR.

Segundo Bonsaglia, o presidente da República colocou na reunião “preocupações dele com relação à área jurídica”. Sem citar detalhes, o candidato à PGR disse que entraram em pauta assuntos como a preservação da Amazônia e direitos de minorias.

“Basicamente, o presidente falou sobre a importância de compatibilizar a preservação da Amazônia com o desenvolvimento sustentável. Essa é minha posição também. Ainda tratou da factibilidade de proteger, respeitar direitos indígenas e, ao mesmo tempo, promover desenvolvimento sustentável”, disse Bonsaglia sobre a reunião.

Bolsonaro não teria dito quando escolherá o novo procurador-geral, segundo Bonsaglia. O subprocurador afirmou que não foi assunto da reunião se o nome escolhido sairá da lista tríplice da ANPR.

Bonsaglia declarou que Bolsonaro tem “legitimidade para escolher o novo procurador-geral em função das propostas que entende mais corretas”. Segundo o subprocurador, Bolsonaro não fez “questionamento ideológico” no encontro.

Mais cotado

Interlocutores do Palácio do Planalto tem apontado que Bolsonaro ainda não tomou a sua decisão, mas que o subprocurador Augusto Aras continua sendo o mais cotado nos bastidores, seguido pelos subprocuradores Paulo Gonet e Mario Bonsaglia.

A artilharia iniciada por parlamentares do PSL contra Aras, que incluiu a entrega de um dossiê contra o candidato pela deputada federal Carla Zambelli (SP) e críticas nas redes sociais, arrefeceu após o fim de semana e não teria sido suficiente para fazer Bolsonaro mudar de ideia, apontam interlocutores.

Oficialmente, no entanto, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, diz que todos seguem na disputa, mas reforça que Bolsonaro faz uma análise em um “amplo espectro do Ministério Público”.

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