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O ministro do Supremo Celso de Mello arquivou o processo de Bolsonaro contra Jean Wyllys

Ministro Celso de Mello durante sessão plenária. (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), arquivou um processo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, contra o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), por calúnia e injúria. A queixa-crime havia sido apresentada em fevereiro, após Wyllys ter supostamente ofendido Bolsonaro em uma entrevista concedida ao jornal “O Povo”.

Na entrevista, realizada em agosto de 2017, o parlamentar usa termos como “fascista”, “racista”, “burro”, “ignorante” e “canalha”, sem, no entanto, mencionar o nome de Bolsonaro, que ainda não era candidato à Presidência da república.

Para o advogado Gustavo Bebianno, que representou Bolsonaro na ação e hoje é indicado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, embora Wyllys não tenha citado o nome de Bolsonaro, Wyllys deixou claro que se referia a ele ao mencionar seu antigo artigo, o PP, e por dizer que muitas pessoas o chamavam de “mito”.

A decisão de Celso de Mello foi publicada na sexta-feira, que declarou extinta a punibilidade no processo.

Cuspe durante votação de impeachment

Não foi a primeira vez que Bolsonaro e Jean Wyllys se envolveram em confusão. Após terminar de anunciar o seu voto no plenário da Câmara dos Deputados, durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Casa, em 2016, Jean Wyllys cuspiu na direção do também parlamentar Jair Bolsonaro (então no PSC). Por serem do Rio de Janeiro, os dois votaram no mesmo bloco. Em seu discurso, Bolsonaro enalteceu o ex-chefe de um dos órgãos de repressão da ditadura militar.

“Na hora que fui votar esse canalha (Bolsonaro) decidiu me insultar na saída e tentar agarra meu braço. Ele ou alguém que estivesse perto dele. Quando ouvi o insulto eu devolvi, cuspi na cara dele que é o que ele merece”, explicou Willys.

O parlamentar do Psol não detalhou qual o teor do suposto insulto de Bolsonaro.

 

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