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Brasil O ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, afirma que o Brasil precisa de 1 bilhão de dólares de ajuda do governo dos Estados Unidos para cortar 40% do desmatamento no País

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Ricardo Salles tem nomeado militares para ocupar cargos nos órgãos vinculados a pasta. (Foto: Reprodução)

Depois de semanas de pressão empresarial, econômica e política por sua saída e de escapar da reforma ministerial feita pelo presidente Jair Bolsonaro no início da semana, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, se movimenta para tentar mostrar que se relaciona bem com europeus e americanos e que tem um plano para combater o desmatamento da Amazônia – missão que volta para suas mãos ao fim deste mês, quando se encerra a operação militar Verde Brasil 2.

Em entrevista exclusiva ao Estado de S. Paulo, Salles, sem usar máscara, revelou que trabalha armado, questionou uma apreensão de madeira recorde feita pelo superintendente da Polícia Federal do Amazonas, Alexandre Saraiva, já cotado para assumir o seu cargo, voltou a insistir no discurso de que o País tem de ser pago por reduções passadas de emissões de gases de efeito estufa e para cumprir compromissos futuras. Mas pela primeira vez apresentou uma meta de diminuição do desmatamento, não sem cobrar algo em troca.

Salles disse que consegue reduzir a devastação da Amazônia em até 40% em 12 meses – mas somente se receber US$ 1 bilhão de países estrangeiros. Sem verba, disse que não se compromete com porcentuais. As taxas oficiais de desmatamento observadas nos dois primeiros anos em que esteve à frente do ministério são as maiores desde 2008. A do ano passado foi 47% maior que a observada em 2018.

O ministro afirmou que o plano vai ser apresentado aos Estados Unidos no encontro que o presidente Joe Biden vai realizar com 40 líderes internacionais para debater a pauta climática. Sem recursos externos, disse que vai fazer o que for possível, mas sem dar uma estimativa de meta de redução.

Segundo Salles, um dos problemas da Operação Verde Brasil é que as Forças Armadas não têm essa expertise de atuar contra desmatamento. E que investir em mais pessoal para o Ibama não é possível pois falta recursos.

“Não temos orçamento. E é muito mais barato e rápido pagar diárias. Para fazer concurso vai um ano. Isso se você tiver recursos, que também não é o caso. O que a gente tem são recursos para remunerar a Força Nacional, num certo volume. Se eu tiver recursos estrangeiros, e foi nessa linha que conversamos com os americanos também, aumento substancialmente a capacidade de recrutar gente e a quantidade de tropas que fazem o trabalho”, alega Salles.

Segundo o ministro, o plano é investir US$ 1 bilhão por 12 meses, sendo um terço para ações de comando e controle, e dois terços para as ações de desenvolvimento econômico, pagamento por serviços ambientais, justamente nesses lugares onde haverá atuação mais forte do comando e controle. Dando a essas pessoas que serão fiscalizadas nessas regiões, que sofrerão as fiscalizações mais intensas, uma alternativa econômica para que não seja tão convidativo voltar à ilicitude.

“Estamos pedindo aos EUA. Para a Noruega, foi perguntado se querem colaborar. Por 12 meses vamos alocar esse dinheiro e isso poderá gerar redução de 30% a 40% do desmatamento”. Salles ainda argumentou que: “Se tivermos US$ 1 bilhão para colocar a partir de 1º de maio, quando sai a Verde Brasil, a gente assume essa sistemática. Se esse recurso estiver disponível para usarmos desse modo, nos comprometemos a reduzir de 30% a 40% em 12 meses. Não adianta fazer acordos de treinamentos, coisas meio intangíveis em que o número é só algo aparente. Falamos em disponibilizar o dinheiro. Pra gente poder chegar no chão, por exemplo, com o pagamento de serviço ambiental, ou resolver a questão fundiária, ou ajudar pequenos projetos de bioeconomia. Mas é ajudar agora, não financiar pesquisa de 4, 5 anos e lá na frente ver se gera resultado”, afirma o ministro.

Salles ainda disse que se não tiver o dinheiro, o governo atuará com as próprias expensas o máximo que conseguir, mas que não se comprometeria com porcentuais de resultado.

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