Agro “O mundo precisa dos alimentos do Brasil”, diz o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal
Por Redação O Sul | 19 de setembro de 2017
O presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Francisco Turra, afirmou na segunda-feira (18) que “o mundo precisa dos alimentos do Brasil“. Ele ressaltou que o País é “muito especial” no que diz respeito ao agronegócio em razão do clima tropical e destacou o potencial do setor apesar das crises política e econômica. “Plantando dá. O campo é uma dádiva”, disse.
As declarações foram dadas durante o evento “Brasil de Ideias”, promovido plea revista Voto em Porto Alegre. O ex-ministro da Agricultura disse que, após a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, o País precisa demonstrar as potencialidades do setor para o mundo, já que possui uma “sanidade impecável”. Turra demonstrou preocupação com a manutenção dos 120 mil empregos diretos gerados pela JBS e também alertou para a necessidade da contratação de mais fiscais agropecuários e agentes sanitários no Brasil.
O presidente do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), Odacir Klein, destacou que a instituição estimula a integração entre todos os elos da cadeia produtiva de proteína animal, combatendo o “gigantismo” e a “gigolagem” dos recursos públicos. Ele afirmou que o banco incentiva projetos geradores de desenvolvimento, ressaltando os financiamentos em logística e infraestrutura. Klein disse que o BRDE é bastante seletivo em suas operações, pois “não está interessado em vender dinheiro”.
Ele citou a forte presença da Região Sul no setor de proteína animal e os sinais positivos da economia brasileira impulsionados pela ousadia dos empreendedores. “Empreendedores descolaram a crise política da situação econômica”‘, afirmou, enfatizando a importância das parcerias do Poder Público com a iniciativa privada e os incentivos fiscais.
O presidente da Sociedade Nacional da Agricultura, Antônio Mello Alvarenga, destacou que o “Rio Grande do Sul é a fonte do crescimento do agronegócio brasileiro”. De acordo com ele, após a Operação Carne Fraca, em um primeiro momento, houve prejuízo ao setor, mas depois as pessoas e os compradores entenderam que a ação era “algo localizado”. O dirigente disse que os executivos da JBS atuam de forma antiética, somente a favor da própria empresa em detrimento do setor.
As três autoridades do agronegócio também destacaram, durante o evento, a importância do milho como um cereal estratégico para o setor e criticaram ações da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento ) em relação ao produto. Realizado no Hotel Sheraton, o “Brasil de Ideias” contou com a presença de secretários estaduais e outras autoridades. (Marcelo Warth/O Sul)
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