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O novo ministro da Justiça, Anderson Torres, tratou de uma possível filiação ao PSL

O plano era concorrer a algum cargo no ano que vem pelo partido. (Foto: Divulgação)

O delegado da Polícia Federal Anderson Torres, novo ministro da Justiça e amigo de Eduardo e Flávio Bolsonaro, tratou de uma possível filiação ao PSL, que envolveu a possibilidade de se tornar presidente da legenda no Distrito Federal.

O plano era concorrer a algum cargo no ano que vem pelo partido. Sob o beneplácito de Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal, e da cúpula do PSL — que, por enquanto, ainda não está com Bolsonaro. Torres, entretanto, não se filiou e não informou se mantém o plano de se candidatar.

Na semana passada, Anderson Torres, reuniu o comando das forças policiais e militares do Distrito Federal para agradecer a atuação das tropas durante o período que comandou a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF). O encontro ocorreu na sede da pasta.

Durante a despedida, Torres elogiou o sucessor, delegado federal Júlio Danilo, e também aos auxiliares pela atuação integrada no combate à criminalidade, que, segundo ele, fez “história”.

“Mesmo diante de um cenário incerto e amedrontador de pandemia, nossos guerreiros entregaram os menores índices de crimes contra a vida dos últimos 41 anos e inúmeros outros marcos”, escreveu o ministro no Twitter.

Ao novo secretário, colega de Polícia Federal, Torres desejou sucesso: “Boa sorte na árdua e nobre missão de construir uma Segurança Pública cada vez melhor para o Distrito Federal. Certamente o fará”.

Terceiro

Anderson Torres será o terceiro ministro da Justiça de Bolsonaro em dois anos e três meses de governo. Antes do delegado, comandaram a pasta André Mendonça e Sergio Moro.

Em 2020, Moro deixou o cargo acusando o presidente Jair Bolsonaro de ter tentado interferir na Polícia Federal ao demitir o então diretor-geral da instituição, Mauricio Valeixo, indicado por Moro.

Um inquérito foi aberto no Supremo Tribunal Federal para analisar as acusações de moro. Bolsonaro nega ter tentado interferir na PF.

A repercussão do nome de Anderson Torres como novo ministro da Justiça e Segurança foi imediata, principalmente entre as entidades policiais. Presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, afirmou que foi pego de surpresa e defendeu que as políticas que vinham sendo articuladas na pasta sejam mantidas.

“A gente, como boa parte da sociedade, foi pego de surpresa pela mudança, existia uma série de tratativas com o ministro anterior e pautas estruturantes que estavam sendo articuladas. A primeira coisa que a gente espera do novo ministro é que seja dada continuidade aos projetos estruturantes”, defendeu Camargo.

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