Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de março de 2020
Duas mortes pelo novo coronavírus foram relatadas nesta quarta-feira (4) nos Estados Unidos, elevando para 11 em todo o país, enquanto o Congresso planeja aprovar recursos de mais de 8 bilhões de dólares para lidar com a epidemia.
As duas mortes foram registradas na Califórnia, a primeira naquele Estado, e em Washington, onde os outros nove óbitos ocorreram, disseram as autoridades.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, enviou suas condolências pela morte, sem dar detalhes do que aconteceu no condado de Placer, ao norte da capital Sacramento.
“O Estado está trabalhando com autoridades federais para rastrear a localização de pessoas que podem ter sido expostas ao vírus para fornecer tratamento e proteger a saúde pública”, afirmou em comunicado.
O Estado de Washington adicionou a décima morte a um boletim em seu site, onde também registra 39 casos positivos. Mais de 50 pessoas estão infectadas na Califórnia, o número mais alto nos Estados Unidos.
O condado de Los Angeles, o mais populoso do país, registrou seis novos casos, dos quais três correspondem a um grupo que viajou pelo norte da Itália, região que se tornou epicentro do contágio e onde o vírus está ligado mais de 100 mortes, explicou Barbara Ferrer, diretora do Departamento de Saúde Pública do condado.
Os outros dois casos envolvem um indivíduo que entrou em contato com um membro da família que tinha o vírus e outro que, por causa de seu trabalho, estava em contato frequente com viajantes.
Em todo o país, mais de 130 pessoas foram infectadas até agora pelo vírus em mais de uma dúzia de Estados.
A presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, disse na última quinta-feira (27) que republicanos e democratas chegaram a um acordo para financiar a resposta ao surto com US$ 8,3 bilhões.
“Os americanos precisam urgentemente de uma resposta coordenada e totalmente financiada por todo o governo para nos manter a salvo da crescente epidemia de coronavírus”, disse ela em comunicado. “Podemos fazer isso agora, porque hoje chegamos a um acordo bipartidário e bicamaral sobre um pacote de fundos de resposta a emergências ao coronavírus.”
Monitoramento
O Ministério da Saúde aumentou de 16 para 26 o número de países que estão na lista de alerta do governo para coronavírus, incluindo os Estados Unidos. Na prática, isso significa que passageiros que fizerem viagem para esses países e apresentarem febre e um sintoma respiratório serão considerados casos suspeitos. O anúncio foi feito pelo secretário-executivo do MS, João Gabbardo dos Reis, na tarde de terça (3).
Com isso, a quantidade de casos suspeitos deve aumentar nos próximos dias. Gabbardo disse, entretanto, que a partir de agora o governo federal passa a dar menos atenção para as estatísticas, tendo um foco maior na prevenção, em especial de pacientes com maior predisposição para casos graves – idosos e pessoas com doenças crônicas.
“Com expansão que a gente vai ter com o número de países, pode ter uma demanda maior de pessoas querendo saber se elas têm a doença ou não. Isso já não é mais tão relevante. Se o cara está em casa, veio dos EUA e está gripado, febre, mas está alimentando bem e não tem outro prejuízo, é mais importante que ele faça a prevenção e os cuidados com higiene do que ele ir em uma unidade de saúde para ver se é coronavírus”, disse.