Quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Por Dad Squarisi | 8 de agosto de 2020
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Dizem que o sete é o número preferido de Deus. Daí o Senhor ter criado o mundo em sete dias, ter dado sete cores ao arco-íris, ter definido sete sacramentos, ter fixado sete pecados capitais, ter ditado sete virtudes, ter construído sete portais da eternidade, ter trancado o cofre com sete chaves, ter abençoado sete maravilhas, sete notas musicais, sete anões da Branca de Neve.
Pai Nosso
Hoje é um dia especial. Os filhos homenageiam quem deu parte de si para lhes dar a vida. Beijos, abraços, presentes fazem a festa. E trazem à lembrança a oração que fala do pai de todos. Não é o meu pai, nem o teu pai, nem o seu pai. É o nosso pai. A reza faz sete súplicas ao Senhor.
Pai Nosso, que estais no céu,
1. Santificado seja o vosso nome,
2. Venha a nós o vosso reino,
3. Seja feita a vossa vontade assim na Terra como no céu.
4. O pão nosso de cada dia nos dai hoje
5. Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido
6. E não nos deixeis cair em tentação
7. Mas livrai-nos do mal.
Amém
Imperativo
Seis súplicas pedem que se faça — seja, venha, seja, dai, perdoai, livrai. Uma que não se faça: “Não nos deixeis cair em tentação). Todas recorrem ao imperativo. O tempo verbal deriva de império. A família diz tudo. Trata-se de clã com poderes absolutos. Imperador, imperial e imperioso são alguns dos membros que mandam e desmandam. Às vezes, as criaturas têm de baixar a crista. Em vez de ordenar, pedem. Ou suplicam. Em qualquer dos casos, o imperativo impera.
Sete vezes ele
“Fazer um filho não é difícil. Difícil é ser pai.” (Wilhelm Busch)
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“Não me lembro de nenhuma necessidade da infância tão grande quanto a necessidade da proteção de um pai.” (Sigmund Freud)
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“Um pai vale mais do que uma centena de mestres-escola.” (George Herbert)
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“O meu nome não vem da fruta, mas do feminino de amor. Para o meu pai o feminino de amor é amora.” (Amora Mautner)
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“Na paz, os filhos enterram os pais. Na guerra, os pais enterram os filhos.” (Heródoto)
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“É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais.” (Coelho Neto)
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“Teus filhos não são teus filhos. São filhos da vida anelando por si própria. Vêm através de ti, mas não de ti. E, embora estejam contigo, a ti não pertencem.” (Kalil Gibran)
Carinho
O diminutivo de pai é paizinho. Não confunda com paisinho. Paisinho conserva o s de país. O sufixo –inho se cola nele e faz a festa. Sem o s, paizinho precisou de uma ponte. O z é a consoante que liga o radical ao sufixo. O mesmo ocorre com mãezinha, vovozinha, tiozinho & cia. carinhosa.
Sem intermediários
Estados do Nordeste dispensam o z. Ligam o nome ao sufixo sem intermediários: painho, mainha, voinha, tiinho.
Viva
Dia dos Pais é data comemorativa. Como as irmãzinhas dele, ganha a letra inicial grandona. É o caso de Dia das Mães, Dia das Crianças, Dia dos Namorados, Dia do Médico, Dia da Secretária. E tantos dias quantos o comércio inventar.
Por falar em maiúscula…
“Seja feita a vossa vontade assim na Terra como no céu.” Por que Terra se grafa com inicial maiúscula? Porque nome de planeta é substantivo próprio. Joga no time de Júpiter, Vênus, Marte, Saturno.
Leitor pergunta
Confundo sempre a grafia de mas e mais. Pode me dar uma dica? – Carlos Andrada, BH.
Mais é o contrário de menos: Trabalho mais (menos) que ele. Se pudesse, comeria mais (menos). Maria é mais (menos) tolerante que Paulo.
Mas quer dizer porém, todavia, contudo, no entanto: Estudei muito, mas (porém) tirei nota baixa.
Superdica
Mais soma. Por isso tem mais letras que mas.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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